5 casos que são uma vergonha para o Brasil no mês do Orgulho LGBTQIA+

Nem no nosso mês a gente tem um pouco de paz.

Infelizmente, ainda hoje é muito - MUITO! - comum ver gente cis-hétero questionando a necessidade do mês do Orgulho LGBTQIA+. Seja por falta de empatia ou por falta de iniciativa em ir atrás de informações sobre essa parcela da população, essas pessoas ignoram a necessidade de um calendário focado em reforçar a discussão sobre o fim da violência física e psicológica contra pessoas LGBTQIA+. 

E, não, nem mesmo no mês do Orgulho a comunidade para de ser atacada - segue abaixo uma lista com cinco situações deploráveis de LGBTfobia que tiveram destaque na mídia justamente neste mês e que provam que a luta e a conscientização precisam continuar acontecendo o ano todo.

Apresentadora defendendo o "direito de ser LGBTfóbico"

Reprodução/ SBT

Essa aconteceu no dia 31 de maio, mas seus desdobramentos se estenderam por junho. Em seu programa, Patricia Abravanel disse que posicionamentos homofóbicos deveriam ser tratados como simples opiniões. A fala aconteceu quando a filha de Silvio Santos defendia Rafa Kalimann e Caio Castro das acusações de LGBTfobia que receberam por compartilharem um vídeo de um pastor atacando relacionamentos homoafetivos.

Nós mais velhos, que fomos criados por pais mais conservadores, a gente está aprendendo e se abrindo, mas é um direito [nosso ter opinião]. Por que não concordar em discordar? A gente pode ter opiniões diferentes e está tudo bem”, disse, relativizando a LGBTfobia, que hoje no Brasil é crime.

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Jovem estuprado e tatuado à força com ofensa LGBTfóbicas

ChiccoDodiFC/iStock 

Um crime bárbaro veio à tona também logo no comecinho do mês. De acordo com informações da polícia, três homens agrediram com objetos cortantes, torturaram e estupraram um jovem gay, além de tatuá-lo à força com palavras homofóbicas. O caso brutal ocorreu em um bairro da região central de Florianópolis.

O caso segue em sigilo em função das investigações.

Jornalista LGBT atacado por dono de hamburgueria

Reprodução/ TV Globo

No Dia dos Namorados de 2020, o repórter Erick Rianelli se declarou ao vivo para o seu marido, o também jornalista Pedro Figueiredo. O vídeo voltou a circular na internet e foi alvo de comentários homofóbicos em um grupo de WhatsApp por parte de Alexandre Geleia, dono da Grupo Geleia Burger, que engloba várias lanchonetes no DF, como Geleia Burger, O Concorrente e Tá Doido Burger.

Só acho que não precisa e não é necessário passar em TV aberta, em jornal, esse ‘tipo de coisa’. É minha opinião e não vou mudar por ser uma figura pública”, disse ao ser confrontado por um dos integrantes do grupo, que ficou indignado com a mensagem.

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Padre chama repórter de viado no meio de uma missa

Reprodução/ Internet

Também em função da declaração de amor entre os jornalistas Pedro Figueiredo e Erick Rianelli, o padre Paulo Antônio Müller, do Mato Grosso, usou palavras homofóbicas e criticou a união homoafetiva durante a Pastoral da Família, realizada no dia 13 de junho. 

Pega a Bíblia e olha o Livro Gênesis: Deus criou o homem e a mulher. Isso que é casamento. Que chame a união de dois viados e de duas lésbicas de qualquer coisa, mas não de casamento,. Isso é falta de respeito para com Deus. Isso é sacrilégio, é blasfêmia. Casamento é coisa bonita e digna. O sentimento do amor é entre homem e mulher”, disse em seu rompante de ódio. 

Aluno de 11 anos atacado por propor trabalho sobre mês do Orgulho

Reprodução/ Whatsapp

Em mais um caso que viralizou nas redes, uma criança de 11 anos foi atacada em um grupo de WhatsApp da Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas (SP), por sugerir fazer um trabalho cujo tema seria o mês do Orgulho LGBTQIA+. Logo após enviar a mensagem, a criança sofreu ataques de pais de alunos e funcionários da escola que chamaram a ideia de “absurda”.

A irmã do jovem chegou a fazer um post no Facebook indignada com a situação e dando novos detalhes. “Eu nunca imaginei que um dia eu iria passar por isso na minha vida, o meu irmão de apenas 11 anos fez uma sugestão no grupo da escola de fazer um trabalho falando sobre LGBTs, ele foi massacrado com tanto preconceito, como se ele tivesse cometendo um crime. Uma senhora que se diz coordenadora da escola chamada Marines, ligou para ele por volta das 20:30 da noite acabando com ele, falando para ele retirar o comentário que no caso foi uma ‘sugestão de estudo’ se não iria remover ele do grupo da escola, falou para ele que era inapropriado/ inadmissível/ que era um absurdo ele ter colocado aqui no grupo, que ele precisava de tratamento”, escreveu.

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Pesado, né? E ainda estamos na metade do mês...

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