42 vozes do cinema LGBTQ que todos deveriam conhecer

Diretores e roteiristas LGBTQ que estão trabalhando atualmente — e por que você deve prestar atenção neles(as).

1. Andrew Ahn

Larry Busacca / Getty Images, Strand Releasing

Andrew Ahn foi notado pela primeira vez por dois curtas: "Andy", em 2011, e "Dol", em 2012. Este último, que ganhou o Grande Prêmio do Júri de Melhor Curta-Metragem Narrativo no Outfest, segundo Ahn, foi sua forma de se assumir para os seus pais. Seu primeiro longa-metragem, "Spa Night", estreou no Festival Sundance de Cinema em 2016. O filme segue David (Joe Seo), que aceita sua sexualidade enquanto explora o mundo do sexo anônimo nos spas coreanos de L.A. O diretor disse que seu trabalho aborda a intersecção da cultura coreana e gay.

Por onde começar: "Spa Night" é certamente a opção mais sensual, mas "Dol" vale muito a pena (e é curto).

2. Desiree Akhavan

Neilson Barnard / Getty Images, Gravitas Ventures

Inspirado em suas próprias experiências, o filme de Desiree "Appropriate Behavior", de 2014, mostra a cineasta interpretando uma versão alternativa de si mesma. Porém, ela afirma que, embora ela e sua protagonista Shirin sejam americanas-persas bissexuais, não se trata de um filme autobiográfico. O filme segue Shirin enquanto ela se esforça para equilibrar um relacionamento complicado com sua ex-namorada Maxine (Rebecca Henderson) e sua identidade sexual, além de se assumir para sua família conservadora.

Por onde começar: "Appropriate Behavior", mas veja também sua série online "The Slope", co-criada com Ingrid Jungermann (que também está presente nesta lista).

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3. Pedro Almodóvar

Ian Gavan / Getty Images, Sony Pictures Classics

A impressionante carreira de Pedro Almodóvar inclui tudo, desde comédia escrachada a melodrama, e as mulheres são, quase sempre, frontais e centrais em suas histórias - embora ele também tenha se voltado para os temas do desejo homossexual, identidade de gênero e catolicismo (especificamente, sua subversão). Filmes como "Fale com Ela", "Tudo Sobre Minha Mãe", "Má Educação" e "Volver", misturam assuntos pesados (estupro, abuso, incesto) com a cultura trans e drag.

Por onde começar: Assista todos eles. Pode parecer exagero, mas é bastante válido. "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos", de 1988, é um bom ponto de entrada, mas se estiver procurando algo um pouco mais pesado, experimente "Tudo Sobre Minha Mãe", de 1999.

4. Gregg Araki

Jason Kempin / Getty Images, Tartan Films

Aclamado como um dos diretores na vanguarda do Novo Cinema Queer, Gregg Araki faz filmes elegantes que não sacrificam a substância. Talvez ele seja mais conhecido por sua "Teen Apocalypse Trilogy" (Trilogia do Apocalipse Adolescente, em tradução livre) — particularmente por sua peça central "Geração Maldita", de 1955 — mas outros trabalhos de Araki incluem a comédia de ficção científica sobre sexo na faculdade "Kaboom - Alucinação", o drama sobre abuso sexual infantil "Mistérios da Carne" e a subestimada comédia "Smiley Face: Louca de Dar Nó". Em 2010, "Kaboom - Alucinação" foi o vencedor inaugural da Queer Palm do Festival de Cannes, que celebra o cinema LGBTQ.

Por onde começar: "The Living End", que foi chamado "Thelma & Louise" de homens gays, é uma análise única da fúria diante da AIDS e da homofobia no início dos anos 90.

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5. Jamie Babbit

Michael Loccisano / Getty Images, Lionsgate

Jamie Babbit tem trabalhado de forma constante no cinema e na televisão: em termos da televisão, ela dirigiu episódios memoráveis de "Gilmore Girls", "The L Word", "Girls" e "Looking", entre outros. Mas o público queer a conhece melhor por seu filme cult clássico "Nunca Fui Santa", de 1999, onde Natasha Lyonne interpreta uma aluna do ensino médio chamada Megan Bloomfield, enviada para o campo de terapia de conversão pelos pais homofóbicos. É uma comédia romântica excêntrica sobre descoberta sexual e que fez com que muitos membros do público queer e pessoas que estejam se questionando sobre sua sexualidade quisessem descobrir o mesmo sobre eles próprios.

Por onde começar: "Nunca Fui Santa", certeza.

6. Zal Batmanglij

Jamie Mccarthy / Getty Images,

Zal Batmanglij tem sido um colaborador frequente da escritora e atriz Brit Marling: os dois co-escreveram "A Seita Misteriosa", de 2011, e "O Sistema", de 2013, além de cocriarem a série televisiva "The OA", que estreou no final de 2016 na Netflix. Até agora, os filmes de Batmanglij não têm sido expressamente LGBTQ em termos de conteúdo, mas isso não desvaloriza o início de sua carreira auspiciosa. Se o sobrenome lhe parece familiar, pode ser porque o irmão de Batmanglij é Rostam Batmanglij, que cofundou a banda Vampire Weekend.

Por onde começar: inicialmente, "A Seita Misteriosa" não recebeu a mesma atenção que "O Sistema", mas vale a pena assistir primeiro.

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7. Lisa Cholodenko

Jemal Countess / Getty Images, Focus Features

O maior sucesso de Lisa Cholodenko até o momento é "Minhas Mães e Meu Pai", estrelado por Annette Bening e Julianne Moore como um casal lésbico cujos filhos estão interessados em conhecer seu pai doador de esperma; mas o público queer começou a prestar atenção nela com o romance indie lésbico "High Art: Retratos Sublimes", de 1998. Embora ela não tenha feito um longa-metragem desde "Minhas Mães e Meu Pai", Cholodenko dirigiu a aclamada minissérie da HBO "Olive Kitteridge", que lhe rendeu um Emmy e um Prêmio Sindicato dos Diretores.

Por onde começar: é bem provável que você já tenha visto "Minhas Mães e Meu Pai", mas você já assistiu "High Art: Retratos Sublimes"? Porque você realmente deveria assistir.

8. Bill Condon

Dominique Charriau / Getty Images, Lionsgate

Para os gays que adoram musicais — que não são poucos — Bill Condon é um grande nome. Ele escreveu "Chicago", escreveu e dirigiu "Dreamgirls: Em Busca de um Sonho" e dirigiu o novo "A Bela e a Fera", que chegou aos cinemas em 2017. Condon também é conhecido entre os pré-adolescentes (ele fez os últimos dois filmes de "Crepúsculo") e qualquer um que goste de Brendan Fraser no final dos anos 90 lembra o quanto ele estava bonito em "Deuses e Monstros". Deixando isso de lado, "Deuses e Monstros" é uma exploração significante da identidade queer, assim como "Kinsey - Vamos Falar de Sexo".

Por onde começar: "Deuses e Monstros", naturalmente.

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9. Stephen Daldry

Tim P. Whitby / Getty Images, Universal Pictures

Embora o protagonista de "Billy Elliot", interpretado por Jamie Bell, não seja queer, o filme como um todo oferece uma exploração da identidade sexual e de gênero — ele segue um menino que quer ser um bailarino profissional. E seu melhor amigo, Michael, interpretado por Stuart Wells, é gay. O trabalho de Stephen Daldry também inclui "As Horas", de 2002, que foca em mulheres queer, e ele também tem trabalhado no teatro: ele ajudou a levar "Billy Elliot" para os palcos e, em 2019, transformará o musical "Wicked" em um filme.

Por onde começar: "Billy Elliot", mesmo se você já tiver assistido, agora é um bom momento para rever.

10. Lee Daniels

Rob Kim / Getty Images, Millennium Films

O filme de Lee Daniels "Preciosa: Uma História de Esperança", de 2009, é um clássico atual e maravilhoso que não deve ser ignorado. E, por mais sombrio que seja às vezes, o filme oferece indícios da sensibilidade mais brincalhona e extravagante de Daniels, que está totalmente à mostra no filme louco, mas encantador, "Obsessão", de 2012. Daniels levou a maior parte disso para sua série televisiva de sucesso "Empire: Fama e Poder", que cocriou com Danny Strong. Na série da Fox, Daniels fez o trabalho importante de explorar a identidade masculina negra gay através do personagem de Jamal Lyon (Jussie Smollett).

Por onde começar: "Preciosa: Uma História de Esperança". Mas não deixe de ver também "Obsessão".

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11. Xavier Dolan

Ian Gavan / Getty Images, Kino Lorber

O diretor nascido em Quebec, Xavier Dolan, fez seu aclamado filme de estreia "Eu Matei a Minha Mãe" quando tinha apenas 19 anos. Desde seu lançamento em 2009, ele se manteve prolífico, fazendo filmes sombrios, elegantes e completamente queer. No início de 2016, seu filme "É Apenas o Fim do Mundo" ganhou o Grand Prix no Festival de Cannes, onde tinha ganho anteriormente por "Eu Matei a Minha Mãe", "Amores Imaginários", "Laurence Anyways" e "Mommy".

Por onde começar: "Eu Matei a Minha Mãe" pode não ser o trabalho mais refinado de Dolan, mas é a introdução perfeita aos seus temas e estética.

12. Andrew Fleming

Vince Bucci / Getty Images, Columbia Pictures

Andrew Fleming pode não ter o reconhecimento de alguns dos cineastas presentes nesta lista, mas ele é responsável por alguns clássicos cult muito amados: "Jovens Bruxas", de 1996, "Todas as Garotas do Presidente", de 1998, e "Perdendo a Noção", de 2008. Está bem, "Perdendo a Noção" pode não ser lembrado de uma forma tão carinhosa como os outros, mas ele merece muito mais amor do que recebe. A carreira eclética de Fleming ultimamente tem se virado mais para a televisão, incluindo episódios de "Lady Dynamite", "Younger" e "Difficult People". Embora a maioria de seus trabalhos não seja expressamente queer, sua filmografia parece uma lista de "coisas que os gays adoram".

Por onde começar: "Jovens Bruxas" e, além disso, não deixe de assistir e divulgar "Perdendo a Noção".

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13. Tom Ford

Dimitrios Kambouris / Getty Images, The Weinstein Company

Dada a sua formação como designer de moda, foi fácil subestimar a estreia de Tom Ford como diretor em "Direito de Amar", de 2009. Mas o filme, uma adaptação do romance homônimo do emblemático escritor gay Christopher Isherwood, é uma adaptação impressionante com estéticas maravilhosas que não prejudicam sua potência emocional. Colin Firth interpreta George Falconer, um professor universitário de luto pela morte repentina de seu parceiro Jim (Matthew Goode) em Los Angeles durante os anos 60. Ford voltou a dirigir com "Animais Noturnos", que foi lançado em novembro de 2016.

Por onde começar: "Direito de Amar" é uma opção excelente.

14. Jodie Foster

Larry Busacca / Getty Images, Paramount Pictures

A carreira de diretora de Jodie Foster tem sido no mínimo incomum: ela dirigiu quatro filmes espalhados ao longo de 25 anos, começando com "Mentes que Brilham", de 1991. Seu filme mais recente, "Jogo do Dinheiro", chegou aos cinemas em maio de 2016. Foster, que assumiu sua homossexualidade oficialmente em 2013, raramente se focou abertamente no assunto queer em seus filmes, mas "Feriados em Família", de 1995 nos deu o personagem queer à frente de seu tempo, Tommy Larson, interpretado por Robert Downey Jr. Também vale salientar que ela dirigiu o episódio "Pedido Lésbico Negado" de "Orange Is the New Black".

Por onde começar: "Mentes que Brilham".

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15. Eytan Fox

Slaven Vlasic / Getty Images, Strand Releasing

O cineasta israelita Eytan Fox não se esquivou de temas polêmicos ao longo de sua carreira. No filme "Delicada Relação", de 2002, ele contou a história de dois soldados apaixonados. Ele também continuou a história do primeiro na sequência "Yossi", de 2012. Talvez mais notavelmente, seu filme "Bubble", de 2006, é uma história de amor gay contada em contraste com o pano de fundo do conflito israelo-palestino. O filme estrela o protagonista de "Delicada Relação" Ohad Knoller como Noam, um reservista israelita que se apaixona pelo ativista palestiniano Ashraf (Yousef Sweid).

Por onde começar: "Delicada Relação" (com lenços de papel).

16. Nisha Ganatra

Charley Gallay / Getty Images, Sundance

O filme "Chutney Popcorn", de 1999, de Nisha Ganatra estrelou a própria Ganatra como Reena, uma lésbica indiana americana que lutava para reconciliar sua identidade sexual com sua herança cultural. No filme, Reena se oferece como barriga de aluguel para sua irmã Sarita (Sakina Jaffrey), o que compromete seu relacionamento com a namorada Lisa (Jill Hennessy). Desde então, Ganatra fez mais alguns filmes, incluindo "Cosmopolitan", de 2003, mas tem trabalhado principalmente na televisão. Ela dirigiu "Mr. Robot: Sociedade Hacker" e "Shameless" e foi diretora de produção na primeira temporada de "Transparent", dirigindo a temporada ao lado da criadora Jill Soloway.

Por onde começar: "Chutney Popcorn", certeza.

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17. Luca Guadagnino

Stefania D'alessandro / Getty Images, Mikado Film

Luca Guadagnino claramente fez de Tilda Swinton sua musa. O diretor e a atriz colaboraram em três filmes, "The Protagonists", de 1999, "Um Sonho de Amor", de 2010, e "Um Mergulho No Passado", de 2015. A beleza andrógina única de Swinton combina bem com os filmes exuberantes de Guadagnino, que equilibram a honestidade emocional com a franqueza sexual. O último filme de Guadagnino, "Me Chame pelo Seu Nome", fala do relacionamento de um menino de 17 anos com um homem mais velho, foi indicado ao Oscar, e é estrelando Timothée Chalamet e Armie Hammer.

Por onde começar: "Um Sonho de Amor" é maravilhoso, mas você também pode se interessar pelo drama erótico anterior de Guadagnino, "100 Escovadas Antes De Dormir".

18. Aurora Guerrero

Rommel Demano / Getty Images, Wolfe Video

Aurora Guerrero teve apenas um longa nos cinemas: o filme de 2012 "Mosquita y Mari". É uma história de amadurecimento sobre duas adolescentes, Yolanda (Fenessa Pineda) e Mari (Venecia Troncoso), cuja amizade improvável se torna romântica. Mas, além de seu cinema, Guerrero também é uma ativista apaixonada que cofundou a Womyn Image Makers e trabalhou para expandir as oportunidades para os latinos. O segundo longa de Guerrero, "Los Valientes" — que ainda não foi lançado — fala sobre um imigrante ilegal mexicano gay.

Por onde começar: "Mosquita y Mari".

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19. Alain Guiraudie

Clemens Bilan / Getty Images, Strand Releasing

Alain Guiraudie vem fazendo filmes, a maioria com temática LGBTQ, desde 1990, mas seu primeiro sucesso foi o filme de 2013 "Um Estranho no Lago". O filme, que ganhou a Queer Palm de Cannes, é um suspense sensual e impetuoso sobre Franck (Pierre Deladonchamps), que se vê atraído por Michel (Christophe Paou) mesmo depois de o ver cometer um assassinato em um ponto de encontro remoto. O filme de Guiraudie "Na Vertical", estreou em Cannes em 2016.

Por onde começar: "Um Estranho no Lago" não é para todos, mas em um nível puramente superficial, ao menos vale a pena pelos colírios para os olhos.

20. Andrew Haigh

Dave Kotinsky / Getty Images, Sundance Selects

O filme de Andrew Haigh "Weekend", de 2011, é uma visão maravilhosa e fundamentada de um relacionamento de 48 horas entre dois homens, interpretados por Tom Cullen e Chris New. O filme, que conquistou prêmios importantes nos festivais, incluindo Outfest e SXSW, estabeleceu o estilo minimalista e melancólico de Haigh que foi levado para o seu trabalho na série da HBO "Looking". Infelizmente, a série sutil sobre homens gays em São Francisco foi pouco apreciada ao longo de suas duas temporadas (mas voltou como filme em julho de 2016). No lado positivo, o filme de Haigh, "45 Anos", rendeu a Charlotte Rampling uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

Por onde começar: "Weekend" e depois dê outra chance a "Looking".

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21. Todd Haynes

Joshua Blanchard / Getty Images, The Weinstein Company

Todd Haynes fez alguns dos filmes queer mais importantes dos últimos 25 anos: "Veneno", de 1991, sua estreia transgressiva inspirada em Jean Genet; "Velvet Goldmine", de 1998, com Jonathan Rhys Meyers como um deus bissexual do glam rock; "Longe do Paraíso", de 2002, com o tradicional melodrama de Douglas Sirk com um toque queer; e, mais recentemente, "Carol", de 2015, um romance ambientando nos anos 50 entre duas mulheres (Cate Blanchett e Rooney Mara) que milagrosamente não acaba em tragédia. O trabalho de Haynes subverteu repetidamente as expectativas e moldou nossa concepção moderna de o que o cinema LGBTQ pode ser.

Por onde começar: "Veneno" ou "Superstar: The Karen Carpenter Story", se conseguir encontrar.

22. Nicholas Hytner

Cindy Ord / Getty Images, Fox Searchlight Pictures

Nicholas Hytner é, provavelmente, mais conhecido por seu trabalho no teatro do que no cinema: ele dirigiu 50 peças e musicais, incluindo "Miss Saigon", "Fazendo História" e muito Shakespeare, dos quais muitos para a Royal Shakespeare Company. Na vertente dos filmes, Hytner é responsável pela adaptação cinematográfica de "Fazendo História", assim como a dramédia gay dos anos 90 "A Razão do Meu Afeto" e o clássico cult "Sob a Luz da Fama". Seu filme mais recente de 2015, "A Senhora da Van", foi adaptado de uma peça que ele também dirigiu.

Por onde começar: "A Razão do Meu Afeto", que é um pouco antigo, é claro, mas ainda muito encantador.

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23. Craig Johnson

Frederic J. Brown / AFP / Getty Images, Roadside Attractions

Craig Johnson foi revelado com o filme de 2014 "Irmãos Desastre", que rendeu a ele e seu co-escritor Mark Heyman o Prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Sundance. O filme estrela Bill Hader e Kristen Wiig como os gêmeos fraternos Milo e Maggie, ambos lutando contra a depressão. Johnson conseguiu de seus protagonistas interpretações dramáticas impressionantes, ambos conhecidos principalmente pela comédia. Além disso, "Irmãos Desastre" é notável pela sua exploração do relacionamento complicado entre Milo e o professor com quem tem um caso no ensino médio, interpretado por Ty Burrell.

Por onde começar: sim, "Irmãos Desastre". Mas veja também seu filme mais recente, "Wilson", adaptado do romance gráfico de Daniel Clowes.

24. Ingrid Jungermann

Mireya Acierto / Getty Images, Tribeca Film Festival

Ingrid Jungermann cocriou a série online "The Slope" com Desiree Akhavan e mais recentemente fez a série online "F to 7th", que está atualmente desenvolvendo para a televisão. "Women Who Kill", o primeiro longa de Jungermann, estreou no Festival de Cinema de Tribeca em 2016; estrela a cineasta como Morgan, que tem um podcast sobre crimes reais com sua ex-namorada Jean (Ann Carr). As duas obsessivas por crime logo começam a suspeitar que a nova mulher na vida de Morgan, Simone (Sheila Vand), é uma assassina.

Por onde começar: "Women Who Kill".

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25. Maryam Keshavarz

Ben Gabbe / Getty Images, Participant Media

A cineasta iraniana americana Maryam Keshavarz explorou sua história através do documentário de 2003 "The Color of Love" e do longa de ficção de 2011 "Circunstância". Este último segue Atafeh (Nikohl Boosheri) e seus experimentos com sexo e drogas quando embarca em um relacionamento com outra jovem no Irã contemporâneo. "Circunstância" foi banido no Irã e, ainda pior, a própria Keshavarz foi proibida de voltar para o país.

Por onde começar: "Circunstância", é claro.

26. John Krokidas

Stuart C. Wilson / Getty Images, Sony Pictures Classics

O primeiro (e, até agora, único) longa de John Krokidas foi "Versos de um Crime", de 2013, inspirado na história verídica da amizade entre os escritores Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe) e Lucien Carr (Dane DeHaan), e no assassinato de David Kammerer (Michael C. Hall). O filme foi bem recebido, e, embora Krokidas ainda não tenha dirigido outro longa, ele vem trabalhando como diretor para a televisão. Ele dirigiu dois episódios da série de curta duração "Black Box", assim como um episódio de "Wayward Pines".

Por onde começar: "Versos de um Crime", mas esperamos que haja mais.

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27. Bruce LaBruce

Pascal Le Segretain / Getty Images, Strand Releasing

"A heterossexualidade é o ópio das massas", declara "Reich Framboesa", o filme de 2004 de Bruce LaBruce que é uma mistura de sátira mordaz e pornografia gay. "Reich Framboesa" não é o único filme explícito de LaBruce: a maioria de seus trabalhos incorpora sexo não simulado. Seus trabalhos mais recentes, incluindo o romance gay de 2013 "Gerontophilia", deixam o sexo gráfico de fora. Os filmes de LaBruce são emocionantes, polêmicos e radicalmente queer. Seu estilo confrontador pode alienar alguns espectadores, mas isso faz parte de seu encanto.

Por onde começar: "Hustler White", mas não veja em público, rs.

28. H.P. Mendoza

H.P. Mendoza, TLA Releasing

H.P. Mendoza não dirigiu o filme cult de 2006 "Colma: The Musical" — esse foi Richard Wong, com roteiro e músicas de Mendoza — mas ele dirigiu a sequência "Fruit Fly", de 2009. Ambos os filmes são ambientados na área da baía de São Francisco, com um foco particular nas comunidades asiática americana e LGBTQ das quais Mendoza faz parte. Seus filmes são longas de micro-orçamento: o filme de terror de 2012 de Mendoza "I Am a Ghost" foi feito por apenas $10.000, do qual grande parte foi arrecadado no Kickstarter.

Por onde começar: devia dizer "Fruit Fly", mas assista "Colma" primeiro, apesar de tecnicamente estarmos focando em trabalhos de direção.

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29. John Cameron Mitchell

Jamie McCarthy / Getty Images, Fine Line Features

Para aqueles que não tiveram a sorte de ver o original nos palcos da Broadway, a adaptação para o cinema do musical rock de John Cameron Mitchell com Stephen Trask "Hedwig - Rock, Amor e Traição", de 2001, foi uma introdução inesquecível à emblemática Hedwig Schmidt. Para muitos, o filme também foi o primeiro contato com a fluidez de gênero, quando Hedwig sai de qualquer binário tradicional. Mitchell continuou a atuar — ele até interpretou Hedwig enquanto o show esteve na Broadway — e dirigiu mais três longas, "Shortbus" (notável por seu sexo não simulado), "Reencontrando a Felicidade" e "How to Talk to Girls at Parties", que foi lançado no final de 2017.

Por onde começar: "Hedwig - Rock, Amor e Traição", é claro.

30. François Ozon

Tim P. Whitby / Getty Images, Focus Features

Durante o início de sua carreira, François Ozon era conhecido principalmente entre o público francês. Ele começou a ser conhecido pelo público indie americano com filmes como "Gotas d'Água em Pedras Escaldantes", de 2000, (baseado na peça de Fassbinder), "8 Mulheres", de 2002, e "Swimming Pool - À Beira da Piscina", de 2003. Seus filmes frequentemente exploram a sexualidade — com uma gloriosa falta de inibição típica da Europa — e temas LGBTQ, com seu senso de humor satírico sombrio como marca registrada. O filme de Ozon, "Uma Nova Amiga", de 2014, foi elogiado por sua subversão de gênero.

Por onde começar: "Gotas d'Água em Pedras Escaldantes".

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31. Kimberly Peirce

Alberto E. Rodriguez / Getty Images, Fox Searchlight Pictures

O filme de estreia de Kimberly Peirce, "Meninos Não Choram", conta a história verídica de Brandon Teena, um homem trans que foi assassinado em um crime de ódio em 1993. O filme aumentou a conscientização sobre a identidade trans, assim como a violência contra a comunidade, e Hillary Swank ganhou um Oscar por sua interpretação de Brandon. Desde então, Peirce fez mais dois filmes, "Stop-Loss - A Lei da Guerra" (que ela também escreveu), de 2008, e o remake de 2013 de "Carrie: A Estranha". No documentário "This Film Is Not Yet Rated", Peirce fez uma aparição discutindo o preconceito da censura contra as representações do sexo LGBTQ.

Por onde começar: "Meninos Não Choram", um clássico.

32. Dee Rees

Cindy Ord / Getty Images, Focus Features

O filme de 2011 de Dee Rees "Pariah", que ela também escreveu, é uma história de amadurecimento sobre a jovem de 17 anos Alike (Adepero Oduye) descobrindo e aceitando sua identidade lésbica. Rees deu sequência a essa história co-escrevendo e dirigindo o filme da HBO "Bessie", de 2015, um filme biográfico sobre a cantora de blues Bessie Smith (Queen Latifah). Além do filme de época indicado ao Oscar, "Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi", Rees tem estado ligada à adaptação para a TV do livro "The Warmth of Other Suns" (O Calor de Outros Sóis, em tradução livre), que está desenvolvendo com Shonda Rhimes.

Por onde começar: "Pariah". Entretanto, se conseguir encontrar, confira o documentário de Rees sobre o retorno de sua avó à Libéria "Eventual Salvation".

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33. Patricia Rozema

Todd Williamson / Getty Images,

A cineasta canadense Patricia Rozema se revezou entre o Canadá e os EUA e entre o cinema e a televisão. Suas obras ecléticas incluem a comédia de 1987 "I've Heard the Mermaids Singing" e o romance de 1995 "Quando a Noite Cai", dos quais ambos dão destaque a mulheres. Rozema foi responsável pela adaptação incomum de "Palácio das Ilusões", de Jane Austen, e também dirigiu episódios de "Diz Que Me Ama" e "Em Terapia". Seu drama apocalíptico "Into the Forest", com Ellen Page e Evan Rachel Wood, chegou aos cinemas em julho de 2016.

Por onde começar: "I've Heard the Mermaids Singing", que foi classificado como um dos dez melhores filmes canadenses de todos os tempos pelo Festival Internacional de Cinema de Toronto.

34. Ira Sachs

Gareth Cattermole / Getty Images, Sony Pictures Classics

"O Amor é Estranho", de Ira Sachs, foi aclamado como um dos filmes mais belos e comoventes de 2014: John Lithgow e Alfred Molina estrelam como Ben e George, que enfrentam duras dificuldades financeiras após Ben ser despedido de seu trabalho como professor de música em uma escola católica por se casar com um homem. Sachs explorou ainda um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo muito mais volátil no filme semi-autobiográfico de 2012 "Deixe a Luz Acesa", que detalha os efeitos da dependência de drogas em um casal jovem. O filme de Sachs "Melhores Amigos", estreou no Festival de Sundance no início de 2016.

Por onde começar: "Deixe a Luz Acesa", ou talvez o primeiro filme ultra-indie de Sachs, "The Delta".

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35. Lynn Shelton

Jason Merritt / Getty Images, Magnolia Pictures

Embora "Humpday" não seja um filme LGBTQ tradicional — é sobre dois homens heterossexuais —, é, na verdade, uma exploração interessante da sexualidade masculina e das tendências homoeróticas de muitas amizades masculinas, quando Ben (Mark Duplass) e Andrew (Joshua Leonard) pensam em fazer sexo um com o outro diante da câmera para um "projeto de arte". Shelton, que é bissexual, também explorou o espectro da sexualidade em seu filme de 2011 "A Irmã da Sua Irmã", uma grande diferença da tradicional comédia romântica. Seu último filme, "Encalhados", foi lançado em 2014.

Por onde começar: "Humpday", mas sabendo que não é um filme exatamente LGBTQ.

36. Sebastián Silva

Daniel Zuchnik / Getty Images, IFC Films

Até agora, Sebastián Silva fez alguns filmes deliciosamente estranhos em sua carreira, misturando surrealismo, comédia e terror em obras que desafiam a fácil categorização. "Crystal Fairy" segue Jamie (Michael Cera) em sua busca por um cacto alucinógeno, enquanto "Viagem Sem Volta" acompanha o colapso possivelmente sobrenatural de Alicia (Juno Temple) — e ambos são ambientados no país natal de Silva, Chile. Embora seu filme mais recente, "Nasty Baby", de 2015, pareça mais direto à primeira vista — o filme foca em um casal gay, Freddy (Silva) e Mo (Tunde Adebimpe), tentando ter um bebê —, ele tem uma reviravolta agitada no terceiro ato que é típica de Silva.

Por onde começar: assista "Crystal Fairy" e logo em seguida "Viagem Sem Volta".

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37. Justin Simien

Frazer Harrison / Getty Images, Lionsgate

O filme de estreia de Justin Simien "Cara Gente Branca" foi um grande sucesso — lhe rendeu um Prêmio Independent Spirit de Melhor Primeiro Roteiro, entre outros galardões — e com boas razões. Depois, o filme virou a série de sucesso da Netflix de mesmo nome. É uma sátira perfeita sobre as tensões raciais em um campus universitário predominantemente branco. Simien assumiu sua homossexualidade na estreia do filme em Sundance, que tem um protagonista também gay.

Por onde começar: "Cara Gente Branca" na Netflix.

38. Darren Stein

Charley Gallay / Getty Images, Vertical Entertainment

Darren Stein é mais conhecido por seu clássico cult de 1999, "Um Crime Entre Amigas", uma comédia deliciosamente sombria sobre um bando de garotas malvadas que acidentalmente matam sua melhor amiga com um quebra-queixo. Mais recentemente, ele dirigiu "G.B.F.", que também é um filme satírico de colegial, mas muito menos cruel; o filme derruba o conceito do "melhor amigo gay", expondo a forma pela qual os homens gays podem se tornar mercadorias para suas amigas hétero.

Por onde começar: "Um Crime Entre Amigas".

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39. Rose Troche

Larry Busacca / Getty Images, MGM

O filme "O Par Perfeito", de Rose Troche, de 1994, que conta a história de amor entre Max (Guinevere Turner) e Ely (V.S. Brodie), e é um clássico no cinema LGBTQ. O trabalho de Troche nem sempre foi abertamente focado na comunidade gay, mas em uma entrevista que ela deu para o site The Advocate pelo lançamento de seu filme "Encontros do Destino", de 2001, ela salientou: "Tudo o que faço é resultado de ser queer". Ela teve uma carreira ativa como diretora de televisão, incluindo seus trabalhos em "A Sete Palmos", "The L Word" e, mais recentemente, "Finding Carter". Outros trabalhos recentes de Troche incluem o filme de realidade virtual "Perspective; Chapter 1: The Party", uma análise confrontante da agressão sexual.

Por onde começar: "O Par Perfeito", que é em preto e branco.

40. Gus Van Sant

Pascal Le Segretain / Getty Images, Focus Features

Gus Van Sant teve uma impressionante carreira de três décadas como cineasta, com filmes de vários gêneros e cujas recepções críticas foram igualmente variadas. Mas seus filmes LGBTQ são alguns dos seus mais aclamados, incluindo "Garotos de Programa", de 1991, e seu filme sobre Harvey Milk, "Milk: A Voz da Igualdade", de 2008, que recebeu oito indicações ao Oscar, com Dustin Lance Black ganhando por seu roteiro e Sean Penn ganhando por sua atuação como ativista dos direitos gays do título. O filme de Van Sant mais polêmico, "The Sea of Trees", foi lançado pela A24.

Por onde começar: "Drugstore Cowboy".

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41. Apichatpong Weerasethakul

Stuart C. Wilson / Getty Images, Strand Releasing

Apichatpong Weerasethakul fez vários filmes líricos e sensuais — não sem controvérsia. Seu filme de 2002 "Eternamente Sua" foi censurado em seu país nativo, Tailândia, por suas cenas gráficas de sexo, que incluem nudez masculina frontal de corpo inteiro. Na maior parte de seus trabalhos, Apichatpong explorou temas LGBTQ, sobretudo em "Mal dos Trópicos", de 2004, vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes. Mas seu filme mais conhecido é "Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas", de 2010, que levou para casa a Palma de Ouro, o prêmio de maior prestígio do Festival de Cannes.

Por onde começar: "Eternamente Sua", a versão não censurada.

42. Mike White

Charley Gallay / Getty Images, Paramount Vantage

Mike White faz muito mais trabalhos como escritor do que como diretor — seu único trabalho como diretor é "Amor pra Cachorro", de 2007 — mas ele é tão importante para o cinema LGBTQ que seria errado não incluí-lo. O trabalho de escrita de White inclui "Chuck & Buck: O Passado te Persegue", a comédia de humor negro "Por um Sentido na Vida", a comédia adolescente esquisitona "Correndo Atrás do Diploma" e, o mais acessível, "Escola de Rock". White também dirigiu vários episódios de "Enlightened", uma série televisiva que acabou cedo demais e que ele criou.

Por onde começar: mesmo não sendo ele o diretor, "Chuck & Buck: O Passado te Persegue".

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A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Victor Nascimento.

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