37 filósofas que deveríamos ter conhecido na escola

Mulheres que inspiram.

Perguntamos às pessoas do BuzzFeed Community quais eram as filósofas que elas mais admiravam. Abaixo, algumas mulheres que vale a pena conhecer:

1. Gayatri Spivak (nascida em 1942)

"Ela é uma das primeiras mulheres indianas a ocupar um lugar de destaque na academia dos EUA, e suas obras sobre feminismo, tradução, desconstrução e sobre como os intelectuais precisam ser mais transparentes em seu próprio trabalho mudaram a maneira como vejo a vida."

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2. Simone de Beauvoir (1908–1986)

Simone de Beauvoir foi uma filósofa francesa que talvez seja mais conhecida por ter escrito "O Segundo Sexo", livro no qual ela diferencia o sexo biológico do gênero socialmente construído. De Beauvoir é reconhecida por preparar o terreno para a segunda onda do feminismo e escreveu muito sobre opressão feminina e patriarcado.

3. Hannah Arendt (1906–1975)

Hannah Arendt foi uma teórica política alemã que escreveu muito sobre poder, democracia e totalitarismo. Seu ensaio "Sobre a Violência" fez uma distinção importante entre poder e violência, mas sua obra mais famosa provavelmente foi "A Condição Humana". Nela, ela discute a ação política como um meio de alcançar a liberdade.

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4. María Zambrano (1904–1991)

"María Zambrano foi uma filósofa e ensaísta espanhola que fez parte da Geração de 36 e foi exilada da Espanha por seu apoio à República durante a Guerra Civil.

Ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Miguel de Cervantes e foi condecorada com um doutorado honorário da Universidade de Málaga por seu trabalho sobre misticismo e religião."

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5. Hipátia de Alexandria (cerca de 350–370 – 415 d.C.)

"Hipátia foi uma das poucas filósofas que viveu em Alexandria, Egito, então parte do Império Romano do Oriente. Embora nenhuma obra escrita diretamente por ela tenha sobrevivido, acredita-se que ela possa ter editado os textos sobreviventes de Euclides, "Os Elementos", e de Ptolomeu, "Almagesto". Também é possivelmente coautora de alguns dos comentários atribuídos a seu pai, Téon de Alexandria."

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6. Simone Weil (1909—1943)

— Marjolaine Védie, via Facebook

Simone Weil foi uma filósofa e ativista francesa. Seus trabalhos mais conhecidos são sobre ausência, aflição e beleza.

7. Mary Wollstonecraft (1759—1797)

Em seu livro "Reivindicação dos Direitos das Mulheres", a filósofa inglesa e ativista dos direitos das mulheres Mary Wollstonecraft defendia que homens e mulheres deveriam ser tratados como seres racionais, merecendo a mesma educação formal. Ela é lembrada como uma das feministas fundadoras.

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8. Angela Davis (nascida em 1944)

Angela Davis é uma filósofa americana e ativista política que escreve e ministra palestras sobre questões relacionadas aos direitos das mulheres, raça, classes e o estado do sistema de justiça criminal americano.

9. Chandra Talpade Mohanty (nascida em 1955)

— Jennifer Forshee, via Facebook

Chandra Talpade Mohanty trabalha no feminismo transnacional e interseccional na Universidade de Syracuse. Ela é mais conhecida pelo ensaio "Under Western Eyes: Feminist Scholarship and Colonial Discourses" [Sob os Olhos Ocidentais: Estudos Feministas e Discursos Coloniais, em tradução livre], em que estabelece projetos comuns entre feministas no "Terceiro e Primeiro Mundo".

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10. Wendy Brown (nascida em 1955)

— Jennifer Forshee, via Facebook

Wendy Brown é uma teórica política americana que trabalha na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ela estuda teoria crítica contemporânea.

11. Maria Lugones

— Stephen Masson, via Facebook

Maria Lugones é uma filósofa argentina conhecida pelo desenvolvimento do conceito de colonialidade do gênero. Ela trabalha na Universidade de Binghamton, em Nova York.

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12. Catherine MacKinnon (nascida em 1946)

Catherine MacKinnon é uma feminista radical americana que atualmente é professora na Faculdade de Direito da Universidade de Michigan. Seu trabalho é fortemente focado no assédio sexual e na pornografia. Em "Toward a Feminist Theory of the State" [Rumo a uma Teoria Feminista do Estado, em tradução livre], MacKinnon argumenta que a pornografia contribui para as atitudes de violência contra as mulheres.

13. Sally Haslanger (nascida em 1955)

A filósofa americana Sally Haslanger é professora de Filosofia e de Estudos de Mulheres e Gênero no MIT (EUA). Seu trabalho sobre construção social de raça e gênero é amplamente considerado inovador.

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14. Talia Mae Bettcher (nascida em 1951)

— Stephen Masson, via Facebook

Talia Mae Bettcher trabalha na Universidade Estadual da Califórnia e seu trabalho se concentra na violência transfóbica e no feminismo. Ela é membro fundadora do conselho editorial da "Transgender Studies Quarterly", a primeira revista não relacionada à medicina especializada em questões transgênero.

15. Philippa Foot (1920–2010)

Philippa Foot foi uma filósofa britânica que, inspirada por Aristóteles, foi uma das fundadoras da ética da virtude contemporânea. Uma de suas experiências mentais mais famosas é o dilema do bonde, que levanta questões sobre julgamento moral.

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16. Omolara Ogundipe-Leslie (nascida em 1940)

— Jennifer Forshee, via Facebook

Omolara Ogundipe-Leslie é uma feminista nigeriana cujo trabalho concentra-se principalmente na opressão das mulheres — em especial, das mulheres africanas.

17. Gloria E. Anzaldúa (1942–2004)

"Gloria E. Anzaldúa é uma teórica feminista chicana, e seu livro sobre as fronteiras é muito bom."

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18. Judith Jarvis Thomson (nascida em 1929)

Judith Jarvis Thomson é uma filósofa americana que talvez seja mais conhecida pelo ensaio "A Defense of Abortion" [Uma Defesa do Aborto, em tradução livre], no qual defende que uma mulher tem o direito de controlar seu próprio corpo.

19. Susan Moller Okin (1946–2004)

— Jennifer Forshee, via Facebook

Susan Moller Okin foi uma filósofa liberal feminista da Nova Zelândia. Ela criticou as teorias modernas de justiça em seu livro "Justice, Gender, and the Family" [Justiça, Gênero e a Família, em tradução livre] e sugeriu que as crianças geralmente adquirem as percepções de gênero no ambiente sexista da família.

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20. Hortense Spillers (nascida em 1942)

— Stephen Masson, via Facebook

Hortense Spillers trabalha na Universidade Vanderbilt e seu trabalho se concentra no feminismo negro e na literatura afro-americana. Ela tem interesse sobretudo na suposta estrutura familiar matriarcal nas comunidades negras.

21. Harriet Taylor Mill (1807–1858)

Harriet Taylor Mill foi uma filósofa britânica e ativista dos direitos das mulheres. Ela ficou mais conhecida por sua influência sobre o marido, John Stuart Mill. Harriet escreveu muito sobre violência doméstica e é conhecida por ter influenciado "A Liberdade", de J. S. Mill.

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22. Alexandra Kollontai (1872–1952)

Alexandra Kollontai foi uma comunista russa revolucionária defensora do amor livre. Ela considerava que as famílias e os casamentos tradicionais eram opressivos e sugeriu que as crianças deveriam ser criadas pela sociedade, em vez de pelos pais.

23. Linda Martín Alcoff (nascida em 1955)

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Linda Martín Alcoff é uma filósofa panamenha especializada no feminismo, na teoria de raça e no existencialismo. Ela escreveu muito sobre violência sexual, gênero, raça e questões latinas.

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24. Luce Irigaray (nascida em 1930)

Luce Irigaray é uma filósofa belgo-francesa que escreveu muito sobre diferença sexual e feminilidade. Ela também analisou o uso da linguagem em relação às mulheres.

25. bell hooks (nascida em 1952)

— Stephen Masson, via Facebook

bell hooks é uma feminista americana que escreve sobre interseccionalidade de raça, capitalismo e gênero. Uma de suas declarações famosas diz que, se o feminismo trata de tornar as mulheres e os homens iguais, isso é impossível porque nem todos os homens são iguais na sociedade ocidental.

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26. Kathryn Gines (nascida em 1978)

Kayhryn Gines é uma filósofa americana que trabalha na Universidade Estadual da Pensilvânia. Muito de seu trabalho é focado no aumento da diversidade dentro da Filosofia. Ela é fundadora do Collegium of Black Women Philosophers.

27. Martha Nussbaum (nascida em 1947)

Martha Nussbaum é uma filósofa americana que trabalha na Universidade de Chicago. Ela já escreveu sobre como o sexo e a sexualidade são distinções irrelevantes que foram aplicadas como parte de uma hierarquia social e também sobre objetivação. Este perfil sobre ela na revista "New Yorker" é brilhante e foi traduzido para o português pela revista "piauí".

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28. Judith Butler (nascida em 1956)

O trabalho da filósofa americana Judith Butler sobre a teoria de gênero influenciou a terceira onda do feminismo. Em seu livro, "Gender Trouble" [Problema de Gênero, em tradução livre], ela defende que a sexualidade, o sexo e o gênero são construídos culturalmente e que o gênero é performativo. Ela trabalha na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

29. Eve Tuck

"Eve Tuck é uma teórica indígena que fala sobre o colonialismo de povoamento, muitas vezes relacionado à educação."

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30. Ruth Barcan Marcus (1921–2012)

Ruth Barcan Marcus foi uma filósofa e lógica americana. Seu trabalho sobre lógica modal, a teoria da referência direta e o conflito moral são amplamente considerados extremamente influentes.

31. Lory Janelle Dance

"Ela fala a verdade sobre a condição humana de forma muito simples, mas com uma visão macrocósmica das situações sociais, então você se encontra, independentemente da sua identificação étnica ou racial, dizendo: 'amém, irmã' depois de quase todos os parágrafos."

— Jeanne McVerry, via Facebook

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32. Rae Langton (nascida em 1961)

A filósofa australiano-britânica Rae Langton atualmente trabalha na Universidade de Cambridge. Ela é mais conhecida por seu trabalho sobre pornografia e objetivação e principalmente por seu livro "Sexual Solipsism: Philosophical Essays on Pornography and Objectification" [Solipsismo Sexual: Ensaios Filosóficos sobre Pornografia e Objetivação, em tradução livre]. Ela também já escreveu sobre ética animal.

33. Donna Haraway (nascida em 1944)

"Donna Haraway é conhecida por seu ensaio 'Manifesto Ciborgue' e por seus textos sobre ecologia e animalidade/parentesco. Recomendo muito 'Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene'."

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34. Andrea Dworkin (1946–2005)

Andrea Dworkin foi uma feminista radical americana que defendia que a pornografia estava relacionada ao estupro e à violência contra as mulheres. Quando perguntada sobre como gostaria de ser lembrada, ela disse: "Em um museu, quando a supremacia masculina estiver morta. Gostaria que meu trabalho fosse um artefato antropológico de uma sociedade primitiva extinta."

35. Patricia Churchland (nascida em 1943)

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Patricia Churchland é conhecida por seu trabalho sobre neurofilosofia e filosofia da mente.

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36. Lisa Delpit (nascida em 1952)

— Jeanne McVerry, via Facebook

Lisa Delpit trabalha na Universidade Internacional da Flórida, onde seu trabalho se concentra em superar a ideia do "Outro".

37. G. E. M. Anscombe (1919–2001)

A filósofa britânica Elizabeth Anscombe foi uma filósofa analítica que escreveu sobre consequencialismo e ética da virtude contemporânea.

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Este post foi traduzido do inglês.

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