23 mulheres trans que fizeram história e você deveria conhecer

No Dia da Visibilidade Trans é preciso reconhecer o legado dessas atletas, cientistas e artistas.

BuzzShe

Uma thread no Twitter em homenagem ao mês da mulher resolveu listar algumas das mulheres trans que fizeram história.

O texto pode ter incluído ou excluído alguns nomes da lista original.

1. Wendy Carlos (1939 - ).

Reprodução / Via Twitter: @transviando

Wendy é pioneira na música eletrônica e no uso de sintetizadores como instrumentos musicais. Seu álbum "Switched-On Bach" de 1968 lhe rendeu popularidade no mainstream e três Grammys. Além disso, ela compôs as trilhas sonoras de dois filmes do Stanley Kubrick: "Laranja Mecânica" e "O Iluminado".

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2. Charlotte von Mahlsdorf (1928-2002).

Reprodução / Via Twitter: @transviando

Importante ativista LGBTQ, ela foi presa na Alemanha nazista e liberada com o fim do regime. Charlotte então se dedicou a coletar objetos de casas bombardeadas na guerra e acabou criando o museu Gründerzeit, local que serviu de QG para diversos eventos LGBTQ nos anos 1970.

3. Miss Major (1940 - ).

Floating Ophelia Productions / Via imdb.com

A vida de Miss Major foi contada num documentário de 2015 chamado "MAJOR!". Ela é reconhecida pelos seus 40 anos de ativismo em defesa dos direitos das mulheres trans negras nos EUA. Miss Major ainda teve um importante papel na rebelião de Stonewall.

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4. Marsha P. Johnson (1945-1992).

Reprodução/Netflix / Via imdb.com

Marsha é outra mulher trans negra do movimento LGBTQ que foi esquecida por muitos anos. Mas sua importância e heroísmo foram retratados no documentário da Netflix "A Morte e A Vida de Marsha P. Johnson". O filme também relembra sua morte brutal que foi considerada pela polícia como suicídio.

5. Reneé Richards (1934 - ).

Getty Images / Getty Images

Muito antes de Caitlyn Jenner, a tenista Reneé Richards já fazia história como uma mulher trans competindo nas quadras do U.S. Open. Reneé passou por uma cirurgia de redesignação em 1975, e só conseguiu competir profissionalmente como tenista depois de uma longa batalha judicial. Ela finalmente competiu em 1977 e chegou às finais em dupla feminina.

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6. Ruddy Pinho (1944 - 2021).

Reprodução / Via estantevirtual.com.br

Cabeleireira das estrelas, Ruddy virou figura famosa da noite do Rio de Janeiro nos anos 1980. Ela trabalhou como atriz em três filmes, incluindo “Navalha na Carne” e no teatro em “Divinas Divas”. Ruddy Pinho é a primeira mulher transexual a lançar um livro no Brasil e, hoje, sua carreira como escritora já inclui 10 títulos.

7. Cláudia Celeste (1952 - 2018).

Reprodução / Via nlucon.com

Em 1977, Claudia Celeste se tornou a primeira mulher trans a estrear numa novela brasileira. Em "Espelho Mágico", da Globo, o público não sabia da transição de Claudia, mas por conta do Regime Militar que não permitia que travestis e transexuais aparecessem na TV, ela teve que sair do folhetim. Claudia só voltou ao ar dez anos depois, em "Olho por Olho" de 1988, na extinta TV Manchete.

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8. Rogéria (1943 - 2017).

Divulgação/Divinas Divas

A mais conhecida atriz transexual brasileira, Rogéria viu sua carreira como maquiadora mudar para os palcos e virar sucesso. Ela participou de diversas novelas, peças de teatro e filmes. O último deles, "Divinas Divas", é um documentário que conta a sua história e de diversas outras atrizes trans dentro do Teatro Rival.

9. Lynn Conway (1938 - ).

Reprodução/Wikipedia / Via en.wikipedia.org

Lynn é uma cientista da computação, engenheira e inventora. Ela trabalhou para a IBM nos anos 1960 e inventou uma instrução de manuseio usada por quase todos os microprocessadores modernos. Ela foi afastada da empresa ao iniciar sua transição.

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10. Marci Bowers (1958 - ).

Jason Merritt / Getty Images

A ginecologista Marci Bowers se tornou referência em cirurgias de redesignação genital e também de reparação do clitóris em mulheres mutiladas. Bowers foi a primeira médica a executar esse tipo de cirurgia em solo americano, em 2009. Desde então, ela oferece o serviço de forma voluntária e, em 2017, levou sua técnica ao Quênia, onde treinou médicos locais e proporcionou a preparação de 45 mulheres mutiladas.

11. Cecília Chung (1965 - ).

Mireya Acierto / Getty Images

Cecilia dedica sua vida aos direitos da comunidade LGBTQ, especialmente na área da saúde. Em 2013, ela fez história ao conseguir que São Francisco se tornasse a primeira cidade dos Estados Unidos a proporcionar cirugia de redesignação genital gratuita. Sua história foi contada pela série "When We Rise" em 2017.

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12. Jaqueline Gomes de Jesus (1978 - ).

Jaqueline é professora de psicologia, ativista dos direitos LGBTQ e da população negra, pesquisadora, escritora e uma das poucas mulheres transexuais doutoras no Brasil. Ela é autora do livro "Transfeminismo: Teorias e Práticas" e se tornou a primeira mulher transexual e negra a receber a medalha Chiquinha Gonzaga.

13. Daniela Vega (1989 - ).

Kevin Winter / Getty Images

Primeira mulher trans a se tornar apresentadora no Oscar. Como atriz, ela protagonizou o filme chileno "Uma Mulher Fantástica", ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2018.

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14. Lana Wachowski (1965 - ).

Drew Angerer / Getty Images

Lana e sua irmã Lilly Wachowski são mulheres trans e dois dos poucos exemplos de produtoras, roteiristas e diretoras LGBTQ em Hollywood. Seus sucessos comerciais incluem a saga "Matrix", "V de Vingança", "Speed Racer" e a série da Netflix "Sense 8".

15. Laverne Cox (1972 - ).

Christopher Polk / Getty Images

Laverne Cox é a primeira mulher transexual a ser indicada ao Primetime Emmy Awards. Seu papel na série "Orange is The New Black" alcançou sucesso de público e crítica, além de tornar Laverne a primeira mulher trans a estar na capa das revistas Time e Cosmopolitan.

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16. Roberta Close (1964 - ).

Reprodução / Via sebodomessias.com.br

Roberta Close começou sua carreira como modelo para Thierry Mugler e Jean Paul Gaultier, mas se tornou sex symbol nos anos 1980 por conta da sua transexualidade. Em seguida, ela se tornou a primeira mulher trans a estampar a capa da Playboy no Brasil.

17. Christine Jorgensen (1926-1989).

Keystone / Getty Images

Christine é reconhecida como a primeira mulher trans dos Estados Unidos a passar por cirurgia de redesignação genital. Antes da sua transição, ela lutou na Segunda Guerra Mundial e decidiu viajar para a Dinamarca, onde começou suas cirurgias em 1951.

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18. Lili Elbe (1882-1931).

Reprodução / Via en.wikipedia.org

Pintora de sucesso, Lilly entrou para a história ao ser reconhecida como a primeira mulher trans a passar por redesignação, em 1930. Ela ainda conseguiu retificar seus documentos na Dinamarca. Sua história foi eternizada no livro "A Garota Dinamarquesa" e na adaptação para o cinema de mesmo nome, ganhadora do Oscar.

19. Anohni (1971 - ).

Michael Svenningsen / AFP / Getty Images

Anohni foi a primeira cantora e compositora abertamente trans a ser indicada a um Oscar. Ela concorreu ao prêmio de Melhor Canção Original com "Manta Ray" do documentário "Racing Extinction" de 2015 e anunciou um boicote à Academia por não ter sido convidada a apresentar sua música.

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20. Laerte (1951 - ).

Reprodução/Netflix

Uma das cartunistas mais conhecidas do Brasil, Laerte passou por sua transição de forma bastante pública, desde crossdresser até mulher transexual. Seu trabalho inclui créditos como roteirista dos programas "TV Pirata", "Sai de Baixo" e "TV Colosso". Ela também é apresentadora do programa "Transando com Laerte" no Canal Brasil e foi tema do primeiro documentário original da Netflix no Brasil, chamado "Laerte-se".

21. Georgina Beyer (1957 - ).

Ross Setford / Getty Images

Em 1995, Georgina Beyer foi eleita prefeita do Distrito de Carterton na Nova Zelândia, se tornando a primeira pessoa trans do mundo a ser eleita prefeita. Em 1999, ela foi eleita para o Parlamento, se tornando também a primeira pessoa trans membro de um parlamento.

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22. Jacqueline Charlotte Dufresnoy (1931 - 2006).

Reprodução / Via en.wikipedia.org

Coccinelle, como era conhecida, se tornou a mais famosa atriz e cantora trans da França após a sua cirurgia de redesignação. Ela também foi a primeira transexual a ter seu casamento reconhecido pela justiça francesa, estabelecendo o precedente para o casamento legal de pessoas trans no país. Coccinelle ainda criou a ONG Devenir Femme (Tornar-se Mulher), com o objetivo de proporcionar apoio emocional e legal aos pacientes de cirurgia de redesignação.

23. Tiffany Abreu (1984 - ).

Tiffany é a primeira atleta transexual a atuar na Superliga de Vôlei brasileiro, defendendo o Vôlei Bauru. Antes disso, ela jogava em ligas profissionais masculinas na Europa e enfrenta até hoje críticas à sua presença no time feminino.

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