1. "Fleabag"
Prime Video
Com apenas duas temporadas, seria ótimo ter mais episódios de "Fleabag", obra prima de Phoebe Waller-Bridge sobre uma mulher confusa e de luto e sua família desajustada, porém hilária. Apesar disso, o arco dessas duas temporadas é perfeito. Na primeira temporada, Fleabag chega ao momento mais sombrio de sua vida e, na segunda, ela começa ir em direção à cura. A história de amor com o Padre Gato na segunda temporada é de partir o coração, mas vai até onde pode ir. A última cena, em que a protagonista se afasta da câmera e abandona o olhar que quebra a quarta parede é catártica, e é o final perfeito para a jornada da personagem.
2. "The Good Place"
NBC
"The Good Place" desenvolveu linhas narrativas e usou plot twists mais rápido do qualquer outra série da história. O que outra série levaria pelo menos uma temporada (ou mais) para desenvolver, esta apresentava em apenas alguns episódios. Os criadores contaram sobre essa aventura esquisita e maravilhosa na vida após a morte de uma maneira que fez jus ao enredo e aos personagens em primeiro lugar, então, em somente quatro temporadas, eles já tinham terminado e estavam prontos para a próxima.
3. "Lovesick"
Alan Peebles/Netflix
"Lovesick" é uma charmosa série de comédia britânica que conta uma história através de flashbacks não-lineares. Cada episódio foca em um relacionamento diferente de Dylan, o protagonista. Mas o centro da narrativa e do arco geral é a amizade dele com Evie e Luke. Esses personagens chegam a um ponto no final da terceira temporada que parece certo, e é melhor deixar assim, apesar de ser difícil aceitar que a série terminou.
4. "The Leftovers"
HBO
Com três temporadas excelentes, arrebatadoras e desoladoras, "The Leftovers" explora o luto, a vida e o amor e o sentido (ou a falta dele) das coisas. Os seus mistérios sempre acabam de maneira ambígua, em especial o do que aconteceu com o 2% da população que sumiu de repente, e isso acontece até o último episódio, que traz algumas respostas, mas ainda deixa as coisas abertas à interpretação. Ainda assim, a terceira temporada junta as tramas das duas anteriores de um jeito incrível, com uma história completa e satisfatória.
5. "Schitt's Creek"
CBC
Algumas sitcoms têm a tendência de se arrastar para sempre até os personagens virarem nada mais do que caricaturas deles mesmos, repetindo bordões e se envolvendo em situações cada vez mais ridículas quando ninguém mais dá a mínima, inclusive o público. "Schitt's Creek" tem seis temporadas — o que não é pouco, mas, para alguns fãs, não é suficiente. Mas, no final das contas, as aventuras da família de Rose na cidade evoluíram a um ponto em que podemos aceitar, tranquilos e felizes, que acabou.
6. "Tudo pela Vitória"
NBC
"Tudo pela Vitória" teve alguns momentos complicados durante suas cinco temporadas, mas é uma daquelas raras séries adolescentes em que as temporadas finais — em especial, a última — são boas, e não difíceis de assistir. Até o fim, ela manteve o foco nos personagens e nos relacionamentos, e as narrativas tiveram uma conclusão natural.
7. "Gavin & Stacey"
BBC
Sem contar os especiais, "Gavin & Stacey" durou somente três temporadas com 21 episódios no total. É uma história simples sobre um relacionamento à longa distância que não precisa se arrastar por mais tempo. Todo episódio é redondinho, com o máximo potencial de comédia (e uma dose de coração) utilizado de cada situação, e termina antes das piadas ficarem cansativas.
8. "Please Like Me"
ABC
"Please Like Me" fala sobre temas como amadurecimento, luto e saúde mental. A série explora um momento específico da vida do protagonista Josh. Apesar do final ser devastador em vários níveis, também dá impressão de que esse capítulo chegou ao fim — o que não significa que a história terminou. Há mais coisas na vida dele além desses altos e baixos, e nós não precisamos testemunhar isso para saber.
9. "Dark"
Netflix
A terceira e última temporada de "Dark" não é tão boa quanto as anteriores, mas fecha a história efetiva e irrevogavelmente. Continuar o enredo seria demais tanto para os personagens quanto para o público. A série responde várias perguntas que fizemos durante as temporadas e mostra como Jonas e Martha conseguiram resolver o grande problema da existência interligada, confusa, cheia de viagens no tempo e de troca de universos. Pode não ser a solução que nós esperávamos, mas dentro daquele mundo, é o que faz mais sentido.
10. "Breaking Bad"
AMC
"Breaking Bad" teve tanto impacto na nossa cultura que é até surpreendente pensar que só durou cinco temporadas. Não é curta, com certeza, mas nada que se compare à duração de várias outras séries de sucesso — apesar da maioria ter durado mais do que precisava. Não é o caso de "Breaking Bad", que acompanha a trajetória de um pai de família comum que vai se tornando um mestre do crime, culminando no que muitos acreditam ser o melhor final de temporada todos os tempos.
11. "Hannibal"
NBC
"Hannibal" teve só três temporadas incríveis e, apesar de muitos fãs ainda quererem mais — e o criador da série Bryan Fuller ter falado abertamente sobre ter planos para uma quarta temporada — não tem como negar que a história acabou bem. E, com isso, eu quero dizer que não acabou nada bem, mas de um jeito que funciona para a série de terror. Depois de toda a tensão entre Will e Hannibal (eles vão se matar ou se beijar? NINGUÉM SABE!), o caminho traçado de destruição chega a uma conclusão natural. É apavorante e chocante — assim como deve ser.
12. "Travelers"
Netflix
Apesar de ter sido cancelada antes do final, o último episódio da terceira temporada de "Travelers" funcionou bem como uma conclusão da série. Apesar de deixar muitas coisas em aberto — basicamente fazendo uma redefinição de todo o mundo — parece ter sido um final adequado para essa série estranha, apocalíptica, existencial de viagem no tempo.
13. "Orphan Black"
BBC America
"Orphan Black" é uma série intensa de ficção científica que teve alguns desvios, é claro, mas na maior parte do tempo, contou uma história inteligente, cheia de ação e plot twists, sobre um grupo de clones humanos que tentam se encontrar no mundo. Sarah e suas "irmãs" são o foco da série, e o final mostra as personagens indo em direção a um lugar de cura e de esperança, o que tornou essa jornada muito satisfatória.
14. "Superstore"
NBC
"Superstore" é uma daquelas sitcoms que começou vacilante e foi melhorando. Na segunda metade das temporadas, tornou-se uma das melhores — e menos reconhecida — comédias da televisão. A série conseguiu manter isso até a sexta e última temporada, terminando quando estava em alta, em vez de continuar arrastando o enredo e as piadas por mais tempo do que poderiam levar.
15. "The Office" (Reino Unido)
BBC
Embora a versão norte-americana da série tenha durado incríveis nove temporadas, a versão original britânica durou somente duas, com apenas 14 episódios no total. E é uma duração perfeita, conseguindo manter o tom obscuro e afiado e mostrando a frieza da vida em escritório da qual a versão norte-americana se afastou ao longo das temporadas.
16. "Crazy Ex-Girlfriend"
The CW
"Crazy Ex-Girlfriend" era uma série gritante, gloriosa, hilária e devastadora sobre a jornada de uma mulher na busca pela saúde mental e pela felicidade. Durante quatro temporadas, ela revelou a confusão da vida e mostrou os erros de Rebecca que, apesar de tudo, continuava tentando sempre ser melhor. O crescimento dos personagens ao longo da série é incrível, mas o arco da protagonista — aprendendo a se encontrar depois de procurar respostas em todos os lugares errados — é o mais poderoso. As coisas não ficam perfeitas no final, mas isso é um reflexo da vida real. Rebecca sabe quem é e o que quer, e isso é o que importa.
17. "Watchmen"
HBO
"Watchmen" possui apenas uma cativante temporada com nove episódios. O criador da série, Damon Lindelof, decidiu contar a história exatamente como queria, sem dar continuação a ela. Apesar de todo mundo querer ver mais, essa escolha é poderosa. Como um bom filme, uma narrativa bem contada em formato de série não necessita de uma sequência. Ela pode ser suficiente sozinha.
Este post foi traduzido do inglês.