16 coisas que você provavelmente não sabia sobre a Elke Maravilha

Nome de batismo: Elke Georgievna Grunnupp.

Reprodução Storytel

Elke Maravilha foi muitas coisas. Jurada do Chacrinha, atriz premiada, professora de línguas, secretária e uma das modelos mais famosas dos anos 1970. Teve três nacionalidades, falava oito línguas, fumou cerca de 1 milhão de cigarros, bebeu perto de 10 mil litros de cachaça e chamou oito homens de “marido”, por mais que só tenha casado de papel passado com um deles.

Mas, mesmo com uma das vidas mais repletas de eventos da cultura pop brasileira, ainda havia muitos segredos que ficaram escondidos depois da sua morte, aos 71 anos, em 2016. Foi o que eu descobri investigando a vida dela para o audiolivro "Mulher-Maravilha", a biografia de Elke Maravilha que está disponível no app Storytel.

Entre as novidades que apareceram na trajetória da artistas estão uma treta com Silvio Santos, outra com Paulo Maluf, uma amizade de meio século com Zezé Motta, uma cidade-natal secreta e até um possível abuso em plena televisão.

Descubra abaixo 16 coisas que você provavelmente não sabia sobre Elke Maravilha.

1. Elke se dizia russa, mas nasceu na Alemanha.

Reprodução

Durante suas sete décadas de vida, Elke Georgievna Grunnupp afirmou que tinha nascido no meio da Segunda Guerra Mundial, em Leningrado, hoje São Petersburgo, na então União Soviética. Mas a certidão original de nascimento de Elke nega essa afirmação. O documento, que estava em um colégio público de Bragança Paulista, onde Elke estudou quando era pré-adolescente, mostra que Elke Grunupp nasceu em Leutkirch, uma cidade pequena no sul da Alemanha, em 22 de fevereiro de 1945, Elke era alemã, e não russa como sempre propagandeou. Como estava na Wikipedia até recentemente e como o Jornal Nacional anunciou no dia da sua morte. Os namorados e maridos de Elke que ainda estão vivos em 2020 disseram sempre ter acreditado que Elke tinha nascido na Rússia. Só um irmão dela, George Grunupp, admite que sabia desse segredo: “É, ela nasceu na Alemanha”.

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2. Waldick Soriano tentou assediar Elke ao vivo em um programa de TV.

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Elke evitava falar sobre as dificuldades que pudesse ter enfrentado por ser mulher. Amigos dizem que ela nunca usou o termo “assédio”. Mas a irmã Francisca conta que presenciou um fato de que nunca se esqueceu, em uma gravação do Chacrinha. "A Elke estava sentada e ao lado dela estava o Waldick Soriano." De repente, a jurada levanta e sai de perto do cantor. Terminada a gravação, Francisca pergunta a ela o que aconteceu. "É que ele estava com a mão na minha perna", Elke respondeu. E nunca mais tocou no assunto.

3. Zezé Motta e Elke Maravilha praticaram sororidade por cinco décadas.

Reprodução Blog da Zezé / Via blogdazeze.com.br

Zezé Motta e Elke Maravilha viraram melhores amigas na década de 1970. A dupla se conheceu no Hotel Pelourinho, em Salvador, onde estavam para filmar “A Força de Xangô”, de Iberê Cavalcanti. Zezé ainda não era uma estrela, enquanto Elke já era conhecida no país todo graças à televisão. “A Elke acordava todo dia, dava um suspiro, abria a janela, passava um batom vermelho e me dava um sorriso. Estava pronta para começar. Era de um bom humor que eu nunca mais vi”, diz Zezé Motta. Meses depois de terminar a rodagem desse filme, Zezé recebeu a notícia que tinha sido escolhida para interpretar Xica da Silva. Motta chegou a Diamantina, cidade histórica em Minas Gerais onde o filme seria rodado, e descobriu que Elke também estava no filme. Passaram Natal, Reveillon e Carnaval juntas, num total de três meses de filmagem. Pularam Carnaval juntas, fantasiadas. “Foi animadérrimo. Jamais poderia imaginar que o Carnaval de lá pudesse ser tão bom”, diz Zezé Motta. Elke beijou foliões. Teve um caso com Altair Lima, seu par no filme. E não só. Também namorou um rapaz da cidade. “Um monte de gente me paquerava, tipo fazendeiros e empresários. Mas me apaixonei mesmo foi pelo cobrador de ônibus”, disse. Zezé e Elke foram amigas até o fim da vida da jurada.

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4. Usou roupas feitas de tapete de caminhão e toalha de altar.

Reprodução Quem / Via revistaepoca.globo.com

Em 1997, Elke comprou em uma viagem meia dúzia de tapetes de fuxico coloridos, usados para cobrir os bancos de motoristas de caminhão. Entregou o saco de capachos para o estilista Walério Araújo, e pediu: “Me faz um vestido?”. Ele fez. Também encomendou uma peça feita de uma toalha de um altar de uma igreja mineira. Tinha pouca coisa que Elke se recusava a usar. “Ela odiava azul clarinho, que chamava de ’azul Roberto Carlos’ e marrom”, diz Walério Araújo. E Elke também repetia roupa sem problema. “Essa história de usar uma vez só é uma baita bobagem”, disse.

5. Apesar de dizer que não era atriz, recebeu prêmio por atuação.

Reprodução TV Globo

Por mais que tenha participado de uma dúzia de filmes e de peças, Elke não se considerava atriz. Em 1988, o contrato de Elke com a TV Globo tinha acabado, e o canal pensou em deslocar Elke para o núcleo de atores. Dois anos antes, em 1986, ela tinha interpretado a dona de um bordel na minissérie “Memórias de um Gigolô”, e seu personagem foi considerado um sucesso.

“Nós utilizamos a Elke em vários outros programas, mas ela não abria mão do personagem que criou para o programa do Chacrinha”, explica Boni, o então diretor-geral da Globo. “Me coloca num palco como Elke que eu tiro de letra. Agora, me pede pra interpretar um personagem que fica mais complicadinho”, disse ela ao jornal O Tempo em 2007.

A percepção de Elke não era a mesma da crítica. Em 1976, ela ganhou um dos maiores prêmios de atuação do Brasil, a Coruja de Ouro, como melhor atriz coadjuvante do ano, por seu papel em "Xica da Silva". Quando anunciaram que Elke ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante, ela se levantou de boca aberta. O seu discurso de vitória deve figurar entre os menos assertivos da história. Elke subiu no palco do Cine Palácio e disse: “Muito obrigada! E eu que nem me considero uma atriz… A gente faz umas participações em filmes e tal… Muito obrigada!"

Na descida do palco, ela e Zezé Motta se abraçaram, e choraram.

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6. Elke não caiu de paraquedas na TV.

Reprodução TV Globo

Toda vez que ia contar sobre sua estreia na TV, Elke afirmava que foi gravar o programa do Chacrinha sem nunca tê-lo visto. “Me ligaram falando ‘Você quer participar do programa do Chacrinha?’. Eu já tinha ouvido falar dele, lido sobre no jornal, mas nunca tinha visto. Meu pai não deixava a gente ver televisão”, Elke contou por décadas. “Eu caí lá de paraquedas e me apaixonei pela anarquia que era aquilo”. Mas ela escondia parte da história. Os irmãos de Elke afirmam que a família tinha, sim, televisão. E dias antes de pisar no estúdio, a modelo loira entrava na sala do diretor de operações da TV Globo. “A Elke me procurou pretendendo ser jurada do Chacrinha”, diz José Bonifácio, o Boni, que durante a década de 1970 e 1980 era o homem mais poderoso do canal, depois dos seus donos.

7. Elke apanhou na rua por causa das roupas que vestia.

Reprodução

No começo dos anos 1970, Elke (ainda sem o apelido Maravilha) era uma das modelos mais famosas do Brasil. Desfilava para estilistas como Dener e Clodovil. Mas o desfile que mais a marcou, entretanto, não foi na passarela. Foi quando estreou um novo estilo na avenida Vieira Souto, em uma noite de dia útil. Ela fez por conta própria um look punk e sofreu assédio por causa dele. “Peguei uma calça e rasguei toda, botei uma meia roxa, enchi a cara de batom, desgrenhei o cabelo e fui encontrar uns amigos.”

No caminho, enquanto andava pela orla, um grupo de seis homens começou a chamá-la. “Perguntaram: ‘Tá vestida de palhaço por que, loirinha?’. Eu mandei tomar no cu.” Um dos homens correu atrás dela e lhe deu um soco na cara. “Saiu tanto sangue. Peguei o sangue e passei no cara que me deu porrada. E fui no [hospital] Miguel Couto me costurar.”

Chegando ao pronto-socorro público, o médico perguntou o que tinha acontecido. E Elke respondeu: “Você sabe que eu ainda não entendi?”. Ela dizia que já estava acostumada a tomar porrada desde criança, então nem ligava. “Quem não sabe beijar dá tapa, né?”, dizia ela, e mostrava a cicatriz que o soco tinha deixando, na parte interna do lábio inferior.

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8. Ela enlouqueceu agentes da ditadura.

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Em 1972, meses antes de estrear como jurada do Chacrinha, Elke foi presa. Estava no aeroporto Santos Dumont, prestes a embarcar para São Paulo, quando viu um cartaz de “procura-se” com o rosto de alguém que conhecia. Era Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, de quem era amiga. Elke rasgou o cartaz e foi levada para o Dops, o temido Departamento de Ordem Política e Social.

Enquanto seu então marido tentava conseguir apoio da Embaixada Alemã, Elke foi interrogada pelos agentes da Ditadura. E decidiu que ia fazer a louca. No meio do interrogatório, levantou-se e começou a cantar “O Trem Tá Feio”, de Pena Branca & Xavantinho:

Facão guarani / Quebrou na ponta / Quebrou no meio / Falei pra morena / Que o trem tá feio

Elke contava que os policiais não souberam o que fazer com sua cantoria. E continuaram o interrogatório como se nada de anormal tivesse acontecido. Perguntaram se ela lia Karl Marx. Ela gargalhou e falou com voz terna, voltada para um deles: “Legal mesmo é ler Sócrates. Você tem cara de quem já leu Sócrates, não leu?” O policial para quem ela estava olhando respondeu que nunca tinha lido nada do filósofo grego. Elke então emendou “Tá a tempo, ele é ótimo! Ele foi condenado à morte por cicuta. Cicuta é um veneno, né? E vocês vão me condenar a o quê?”

9. Elke ganhou seu cabelo preferido de um fã!

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Um dos cabelos prediletos de Elke foi presente de um fã, o peruqueiro Rony Matos, que atende pelo nome de Nally Picumã quando encarna seu personagem drag.

Em 2010, Rony estava em Paris quando teve um momento de inspiração. Viu dreadlocks, mechas de cabelo emaranhado, pendurados em pencas nas vitrines de lojas de Saint Denis, um bairro da periferia de Paris onde a maioria dos moradores vêm da África ou do Oriente Médio. "Fiquei maluco! Comprei vários dreads de cabelos sintéticos, e já saí de lá pensando em fazer uma peruca para a Elke."

Ele, que nunca tinha encontrado Elke, foi até a boate Mixed Club, que ficava numa chácara do interior de São Paulo, para dar o presente que fez à mão. Ela não só gostou da peruca, que usou em mais de 20 entrevistas dadas na década de 2010, como alguns anos depois ligaria para encomendar outra. “E eu fiz, é claro. Era uma honra. Eu sou daquele tipo de bichinha que via o show do Silvio Santos e pirava nela. Eu não acreditava que tinha ficado amigo de um ícone.”

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10. Luana Piovani ouviu conselhos de Elke sobre Dado Dolabella.

Reprodução Ego / Via ego.globo.com

Em 2005, Luana Piovani foi convidada para interpretar Elke. E aceitou de imediato. "Assisti Chacrinha toda minha infância. Sabia o quão inteligente ela era. Era gringa, internacional. Bela, extravagante e que faz parte da cultura.”

Duas semanas depois do convite, foi até a casa de Elke no Leme. Levava uma garrafa de champanhe Veuve Clicquot gelada, que Elke agradeceu e esqueceu na geladeira. "Vamos beber uma cachacinha?", propôs. As duas se sentaram e conversaram por mais de seis horas.

Anos depois, as duas se reencontraram para uma conversa tão longa quanto, mas de assuntos mais sérios. Luana, na época estava namorando o ator Dado Dolabella, após ele ter agredido a ela e à camareira Ismê de Souza. Elke ouviu a história e contou do namorado que a havia ameaçado de morte com uma faca. E as duas mulheres se apoiaram. "A gente dividiu muita coisa. Ela sabia muito da vida", diz Piovani.

11. Sílvio Santos não quis falar sobre Elke.

Ganhadora do Troféu Imprensa na (hoje finada) categoria Jurada por três anos seguidos e dona seu próprio talk show no SBT na década de 1990, Elke narrava ter discutido com o patrão algumas vezes nos corredores da emissora. Em uma delas, disse ter falado para Silvio que ele era “um homem pobre, que só tem dinheiro." Silvio Santos foi a única de mais de cem pessoas que se recusou a dar entrevista sobre Elke para a biografia. Na porta do cabeleireiro Jassa, ele foi informado de que a história de Elke seria contada em um livro, e respondeu: “Ah, a Elke, que maravilha!”. E o que ele tinha a dizer sobre ela? “Nada. Absolutamente nada.” E bateu a porta do salão de beleza.

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12. Elke brigou com Maluf no treme-treme da Paulista.

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O pai de Elke, que foi um executivo de grandes empresas de gás, comprou um apartamento de três quartos no Edificio Baronesa de Arary, na esquina da avenida Paulista com o parque Trianon, quando a família se mudou para São Paulo, nos anos 1960.

O prédio, que foi inaugurado como um dos mais chics de São Paulo, entrou em um processo de decadência nas décadas seguintes, e passou a ser conhecido como “treme-treme” da Paulista. Mas Elke seguiu morando lá. Até que, em 1993, uma vistoria da Prefeitura afirmou que o prédio corria risco de pegar fogo ou de deixar a Paulista em pane elétrica. O prefeito Paulo Maluf ordenou a evacuação imediata.

Maluf afirmou que as famílias do Baronesa de Arary iriam receber apartamentos em Itaquera, no extremo da zona leste da cidade. Elke desobedeceu os fiscais.

Enquanto centenas de pessoas saíam, carregando o que conseguiam, Elke se encastelou no apartamento. No segundo dia, a luz foi cortada. No quinto, a água parou de ser entregue ao prédio. Todos os Grunupp deixaram o imóvel, menos ela.

“O Maluf que leve a família Maluf para morar em Itaquera”, gritou Elke Maravilha da janela para a repórteres que esperavam no térreo.

13. Elke fazia festas do zodíaco em casa.

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No meio da década de 1990, quando era contratada do SBT e ganhava dinheiro com campanhas publicitárias e com sua linha de maquiagem, Elke, que era pisciana, gastava com jantares que chamava de “experimentos zodíacos”. Em uma noite, convidou 12 pessoas para comer em sua casa. Uma de cada signo do zodíaco. Em outras, chamava levas de arianos, ou de librianos, ou um grupo só de taurinos. “Essas festas de signo eram a coisa mais divertida. A Elke deixava as pessoas interagirem e ficava quietinha no canto dela, bebendo, olhando e gargalhando”, conta a advogada Michele Sá, que foi a convidada para uma das noites de virgem.

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14. Elke falou abertamente sobre aborto e casamento gay na televisão.

Na estreia no talk show que levava seu nome, em 1997, Elke recebeu Jorge Lafond, o humorista que na época interpretava a personagem Vera Verão. “O que você pensa da situação do negro e do homossexual no Brasil?”, Elke perguntou. “Quando se trata de negros é meio apertada, é uma coisa perigosa. Tem esses dois preconceitos, de ser negro e de ser homossexual. Pra mim, eu não dou pelota. Eu levo minha vida do jeito que eu sempre considerei. Mas eu sei que para as outras pessoas se torna uma coisa muito pesada. Para mim, seriam três: negro, homossexual e artista. São três preconceitos fortíssimos.”

Carlos Alberto de Nóbrega, dono do programa A Praça É Nossa e na época chefe de Lafond, estava junto no palco. Ficou um bloco inteiro em silêncio enquanto os dois conversavam. Lafond e Maravilha terminaram a entrevista dizendo que o sonho de ambos era o fim da Aids.

Quase uma década depois, nos anos 2000, Elke começaria a falar publicamente que tinha feito três abortos, e "Quanto mais velha eu fico mais eu acho que acertei". Primeiro, declarou à revista Sexy: “Não fiz filho porque eu não sei educar uma criança.” Depois, repetiria a informação para sites. E falaria de novo dos abortos em rede nacional, para Raul Gil.

15. Antes de morrer, Elke voltou para a Rede Globo.

Em 2004, duas décadas depois de ter saído da Globo com a morte de Chacrinha, Elke participou de três produções do horário nobre do canal. Entrou na casa do Big Brother Brasil 4, ao lado de Angélica, Nando Reis e Eri Johnson. Os artistas cantaram e dançaram com os confinados. Ainda em 2004, ela seria ela mesma em um desfile de moda da novela Celebridade. E também jurada de um concurso de maquiagem em “Da Cor do Pecado”.

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16. Elke viveu os últimos anos com problemas financeiros.

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Por mais que fosse uma das pessoas mais famosas do Brasil, Elke chegou à terceira idade com problemas financeiros. Estava sem um contrato fixo na TV desde o fim da década de 1990, e investiu o dinheiro em negócios que não dariam certo, como uma linha de joias em prata. Dos anos 2000 em diante, houve períodos em que ela não tinha dinheiro para pagar o condomínio do apartamento de um quarto em que morava, no Rio.

Leão Lobo conta que pedia a apresentadores e diretores de TV que convidassem Elke para participar dos seus programas, nessa época. “Assim, pelo menos eles pagavam a ponte aérea e ela vinha para São Paulo, passava um tempo comigo.”

As únicas vezes que Elke pediu ajuda foi para as pessoas mais próximas. Uma ou duas vezes, Elke ligou para o dançarino Rubens Curi, seu melhor amigo, e sussurrou, no meio de uma conversa de horas: “Não tem comida em casa”. Os amigos emprestavam dinheiro quando ela já não podia mais emprestar no banco, porque as dívidas já tinham se acumulado.

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