10 fatos históricos sobre casamentos reais pelo mundo

Quando reis e rainhas e dizem sim.

1. A Rainha Vitória, do Reino Unido, é amplamente responsável por criar a tradição das noivas casarem de branco.

WIkimedia Commons /

Quando a Rainha Vitória se casou com o Príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota em 10 de fevereiro de 1840, ela provocou uma revolução na moda nupcial. Seu vestido de seda branca, enfeitado com rendas e bordado com flores de laranjeira, era bem diferente dos vestidos ornamentados e coloridos que eram a tendência da época entre noivas ricas e pobres. A imagem da jovem, inocente e adorada rainha em seu vestido todo branco — que foi amplamente divulgado pela mídia da época — ganhou a imaginação popular.

"Reportagens de jornais, fotografias e lembrancinhas fizeram com que todos os níveis da sociedade fossem expostos a essa nova ideia de romantismo", escreve a historiadora de moda Susanna Cordner. "Embora os vestidos de casamento coloridos ainda fossem comuns, a maioria das noivas em anúncios de moda, cartões de dia dos namorados e partituras musicais eram retratadas usando branco. Como resultado, se uma noiva estivesse se casando pela primeira vez, e pudesse pagar, um vestido de casamento branco se tornou o padrão."

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2. Um dos maiores casamentos reais foi o do Rei Letsie III, do Lesoto, e Anna Karabo Motšoeneng em 2000 — a cerimônia foi realizada no estádio nacional de futebol do país, que estava lotado com 40.000 espectadores.

Marc Deville / Getty Images

O Rei Letsie III, de 36 anos, casou com Karabo Motšoeneng, de 23 anos, em uma cerimônia católica realizada no estádio nacional em 18 de fevereiro de 2000. Motšoeneng, que ficou conhecida como Rainha Masenate Mohato Seeiso após o casamento, foi a primeira plebeia a se casar com um integrante da família real do Lesoto. O casamento teria custado mais de US$ 1,5 milhão na época.

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3. Por mais de 100 anos, os czares russos escolheram suas noivas através de um sistema que lembra muito alguns reality show modernos.

Public Domain / Wikimedia Commons

De 1505 a 1689, as esposas dos governantes da Moscóvia (nome antigo da Rússia) eram escolhidas através de "exposições de noivas", onde jovens candidatas eram reunidas e analisadas, e uma acabava sendo escolhida como noiva real.

Esse sistema surgiu por vários motivos, entre eles o fato de que as famílias reais da Europa tinham um pé atrás quanto a mandar suas filhas para terras distantes. As exposições de noivas também permitiam que os governantes resolvessem conflitos mantendo ao mesmo tempo uma aparência de imparcialidade política, mesmo que a "vencedora" tivesse sido escolhida com antecedência.

A sabotagem nos bastidores era comum. Em 1616, a noiva escolhida pelo Czar Miguel I da Rússia foi envenenada para que parecesse doente e incapaz de ter filhos — o governante desapontado a mandou para o exílio na Sibéria e se casou com outra candidata aprovada por sua mãe.

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4. A futura Rainha Elizabeth II utilizou vale-roupas – que o povo usava durante a guerra – para pagar o vestido de casamento com o qual se casou com Philip Mountbatten, no Reino Unido, em 1947.

/ AFP / Getty Images

Quando a Princesa Elizabeth se casou com Philip Mountbatten em 20 de novembro de 1947, a Grã-Bretanha pós-Segunda Guerra Mundial ainda estava sujeita a medidas de austeridade. Para comprar tecidos ou roupas novas, as pessoas precisavam usar cupons de racionamento de roupas. Cada cidadão recebia um livro de cupons com um certo número de vales, válidos pelo ano todo, com base em sua idade e em outros fatores — crianças em crescimento recebiam mais cupons, por exemplo.

A Princesa Elizabeth economizou seus cupons para comprar a seda branca e outros materiais que o costureiro da corte, Sir Norman Hartnell, usou para criar seu vestido de casamento. Quando as pessoas descobriram que a princesa estava economizando cupons de roupas para o casamento, elas teriam enviado seus próprios cupons para o Palácio de Buckingham. (Eles foram devolvidos com uma nota de agradecimento, já que era ilegal usar cupons de outra pessoa.)

Claro, ser uma princesa e herdeira do trono tinha suas vantagens — o governo deu a ela 200 cupons extras para seu vestido de casamento.

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5. A kira tradicional usada por Jetsun Pema no dia de seu casamento com o rei do Butão, Jigme Khesar, em 2011, levou três anos para ser feita.

Paula Bronstein / Getty Images

A kira, um vestido comprido que vai até o tornozelo, é o traje nacional das mulheres butanesas. No dia de seu casamento, Pema usava um tipo especial de kira, conhecida como kushutara, feita de seda pura. A noiva de 21 anos teria encomendado vestidos de casamento cheios de detalhes de vários dos principais tecelões do país.

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6. Quando Salma Bennani, de 24 anos, casou com o rei do Marrocos, Mohammed VI, em 2002, foi a primeira cônjuge na história do país a receber um título real oficial.

Getty Images

O casamento do Rei Mohammed VI e Salma Bennani em 21 de março de 2002 marcou uma grande mudança na história da família real marroquina. A noiva, agora conhecida como Sua Alteza Real Princesa Lalla Salma, agora é a primeira cônjuge na história da família real a receber um título oficial. Esposas de reis marroquinos anteriores, incluindo a mãe de Mohammed VI, eram chamadas simplesmente de "mães das crianças reais".

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7. Desde 1923, as alianças de casamento de todos os futuros reis e rainhas do Reino Unido foram feitas com um raro ouro galês.

Public Domain / Wikimedia Commons, Afp / AFP / Getty Images

Quando Elizabeth Bowes Lyon se casou com o futuro Rei George VI em 1923, sua aliança de casamento foi feita com uma parte de uma pepita de ouro puro galês da mina de ouro de Clogau Saint David, que o casal recebeu como presente de casamento.

Deve ter sido um pedaço de ouro muito grande — segundo a BBC, "a aliança da Rainha em 1947, a da Princesa Margaret em 1960, a da Princesa Real em 1973 e a de Diana, Princesa de Gales, em 1981, foram todas feitas da mesma pepita."

A Rainha Elizabeth II foi presenteada com uma nova pepita de ouro galês em 1981 para alianças de futuros casamentos reais. O ouro desse pedaço de metal foi usado nas alianças de casamento do Príncipe Charles e de Camilla, Duquesa da Cornualha, em 2005, e na aliança de casamento que o Príncipe William deu para Kate Middleton em 2011.

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8. As noivas da família real sueca tradicionalmente se casam usando uma tiara específica, que é herança de família.

Torsten Laursen / Getty Images, Pascal Le Segretain / Getty Images

A "tiara cameo", originalmente um presente de Napoleão para a Imperatriz Josefina, sua esposa, é usada pelas noivas da família real sueca desde 1932. Sua aparição mais recente foi no casamento da Princesa Herdeira Vitória com Daniel Westling, em 19 de junho de 2010.

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9. O "casamento do século", da atriz americana Grace Kelly com o Príncipe Rainier III de Mônaco, em 1956, foi transmitido ao vivo para 30 milhões de pessoas e transformado em documentário como parte de um acordo que o casal real fechou com a MGM Studios.

AP Images

Quando Grace Kelly ficou noiva do príncipe Rainier III de Mônaco em janeiro de 1956, ela ainda tinha mais três anos de contrato com os estúdios da MGM. Eles concordaram em liberar ela de seu contrato — e incluiu o que acabaria sendo um icônico vestido de casamento como presente — se ela e seu noivo liberassem o direito de filmar a cerimônia de casamento para um documentário e para uma transmissão ao vivo pela TV. O casal real concordou, porém mais tarde eles descreveram o dia do casamento como cansativo — Grace Kelly se referia a ele como "o carnaval do século".

A MGM enviou equipes de profissionais para Mônaco para garantir que tudo — desde a iluminação até a posição das câmeras que registrariam o casal fazendo seus votos — fosse perfeito. Anos mais tarde, uma das madrinhas da Grace Kelly brincou: "o dia, assim como a própria noiva, foi uma criação trazida até nós através dos esforços de produção conjunta entre enorme força de vontade, Metro-Goldwyn-Mayer e Deus".

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10. De acordo com a lei japonesa, se uma princesa se casa com um plebeu, ela perde seu status real e é retirada da Família Imperial.

Pool / Getty Images

O exemplo mais importante disso foi o casamento de Sayako, Princesa Nori, a filha mais nova do Imperador Akihito e da Imperatriz Michiko, com um funcionário do governo chamado Yoshiki Kuroda, em 2005.

No dia de seu casamento, a mulher de 36 anos perdeu seu título e o subsídio real para se tornar a Sra. Sayako Kuroda. Dizem que ela teve que aprender a dirigir e que praticou fazer compras antes de seu casamento. Princesas que deixam a Família Imperial para se tornarem cidadãs comuns também podem votar e devem pagar impostos.

Em 2014, a Princesa Noriko de Takamado, membro da Família Imperial, desistiu de seu título para se casar com Kunimaro Senge.

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A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Susana Cristalli.

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