10 crimes sem solução que intrigam as pessoas até hoje

Parece até ficção.

1. O desaparecimento de Madeleine McCann.

Stringer / AFP / Getty Images

Em 2007, Madeleine estava prestes a completar 4 anos quando desapareceu do quarto em que sua família estava hospedada num destino turístico em Portugal. O caso intrigou todo o mundo e até hoje nunca teve conclusão. De lá pra cá, muitas reviravoltas aconteceram, inclusive acusando os pais da garotinha, Kate e Gerry McCann de terem planejado seu desaparecimento. Mas nada foi provado e os jornais que os acusaram tiveram que pagar uma indenização para eles.

No dia do crime, o casal saiu para jantar nas proximidades do hotel e, quando eles voltaram, não encontraram Madeleine junto com seus irmãos gêmeos de 2 anos como a haviam deixado. Centenas de garotas já foram confundidas com Madeleine, gerando falsas denúncias de que a menina estaria viva. Mas seu corpo também nunca foi achado, dando esperanças de que Madeleine possa de fato ainda estar em algum lugar do mundo.

2. O caso Ana Lídia.

Reprodução/Arquivo Pessoal

Em 11 de setembro de 1973, a morte de Ana Lídia Braga aos 7 anos chocou o país. Até hoje, 40 anos depois, ninguém foi preso pelo crime.

Ana Lídia foi deixada pelos pais na escola Madre Carmen Salles, em Brasília, pela manhã. Testemunhas afirmam que a menina foi embora pouco tempo depois na companhia de um homem loiro, sem apresentar resistência. No outro dia, seu corpo foi encontrado em um matagal próximo à Universidade de Brasília ao lado de duas camisinhas. O laudo do IML atestou que a morte se deu por asfixia, e que, depois de morta, a criança foi estuprada.

As suspeitas rapidamente caíram sobre o irmão adotivo de Ana Lídia, Álvaro Henrique Braga, que preenchia o perfil descrito por testemunhas e tinha envolvimento com drogas. Além dele, outros suspeitos eram um traficante chamado Raimundo Lacerda Duque e colegas de Álvaro Henrique, filhos de pessoas importantes como senadores e ministros. Em plena ditadura, os advogados dos suspeitos "orientaram" que a imprensa não falasse sobre o assunto ou sofreriam processos. Ninguém acabou sendo preso por falta de provas.

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3. Elisa Lam e o hotel.

Reprodução/Youtube

Em fevereiro de 2013, a turista Elisa Lam de 21 anos foi encontrada morta e sem roupas dentro de uma caixa d'água num hotel em Los Angeles (EUA), três semanas após ela ter desaparecido. O corpo só foi encontrado por conta de reclamações de hóspedes de que a pressão da água nos banheiros estava fraca.

Os últimos registros de Elisa com vida foram feitos pelas câmeras de segurança do hotel. Nas imagens, ela apresenta um comportamento estranho, pressionando diversos botões do elevador, entrando e saindo para observar o corredor e aparentemente se escondendo dentro no canto do elevador.

A autópsia revelou que não havia sinais de droga no sistema de Elisa Lam, nem traumas visíveis, não podendo decifrar a causa de sua morte. A única afirmação possível é que ela se afogou na caixa d'água, mas não se sabe até hoje como ela foi parar lá e nem porque os alarmes que existem no topo do prédio não foram disparados.

4. O caso PC Farias.

Reprodução

PC Farias, o ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello, foi morto com um tiro no peito em junho de 1996 em Maceió, junto com a sua então namorada Suzana Marcolino. A teoria de que Suzana teria matado o namorado e depois se suicidado foi debatida amplamente na mídia e entre legistas, até que fotografias provaram que Suzana era mais baixa que PC, o que contrariava os dados da perícia, que declarava que ela era mais alta que ele e defendia a tese de crime passional.

Quatro seguranças da casa foram a júri popular por envolvimento no caso, mas foram inocentados. Até mesmo o irmão de PC chegou a ser acusado, mas faltavam provas para levar o caso adiante. Mais de vinte anos depois, ainda não se sabe quem atirou e nem se houve mandante para o assassinato da peça central do esquema de corrupção que levou ao primeiro impeachment do país, em 1992.

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5. A morte da atriz Brittany Murphy.

Reprodução/ Little Magic Films / Via imdb.com

Brittany Murphy morreu em sua casa em 20 de dezembro de 2009. A autópsia declarou que a causa da morte foi pneumonia, deficiência de ferro e intoxicação por drogas. Seis meses depois, o marido de Murphy, Simon Monjack, morreu na mesma casa e o legista apontou que teria sido das mesmas causas que a esposa.

Inconformado com as coincidências dos falecimentos, Angelo Bertolotti, o pai de Murphy conseguiu autorização em 2013 para fazer mais exames nos corpos do casal. De acordo com o laboratório, havia níveis de duas a nove vezes acima do que a OMS considera “altos” para uma série de produtos tóxicos, que costumam fazer parte da composição de veneno de rato e inseticida. Outra linha de investigação também apontou um tipo de mofo tóxico como uma possível causa para as mortes.

Mas, em 2014, Bertolotti abriu um processo contra sua ex-mulher, Sharon, acusando-a de ter envenenado a filha e o genro. Sharon estava morando com o casal quando Brittany faleceu e, estranhamente, também estava com Simon no dia da sua morte. As investigações apontam que Sharon e o genro estavam na mesma cama quando o socorro médico chegou.

6. O assassinato da menina JonBenét Ramsey.

Reprodução/CNN

JonBenét Ramsey era conhecida no circuito de concursos de beleza americanos quando foi brutalmente assassinada aos 6 anos de idade. Em 26 de dezembro de 1996, a mãe de JonBenét encontrou um bilhete na escada de casa pedindo dinheiro pelo resgate da filha. Com isso, ela acionou a polícia, reportando o desaparecimento da menina. Mal sabia ela que JonBenét já estava morta no porão da própria casa.

A vítima foi encontrada apenas 8 horas após a polícia ser chamada, com uma fita isolante tapando sua boca e uma corda ao redor do pescoço. A suspeita automaticamente recaiu sobre a família, pois alguns detalhes do depoimento deles não faziam sentido e não havia sinais de invasão na casa. Mas exames apontaram incompatibilidade com o DNA encontrado na cena do crime e com caligrafia da carta.

O próximo passo foi investigar a vizinhança e um homem chamou atenção por ter obsessão por JonBenét. A própria filha dele havia sido sequestrada 22 anos antes e outra estranha coincidência é que a mulher dele havia escrito uma peça de teatro na qual uma criança é achada morta num porão. Só que os exames periciais também o inocentaram.

Foi somente em 2006, dez anos após o crime, que um novo suspeito surgiu. John Mark Karr já era investigado por envolvimento com pornografia infantil e um jornalista manteve contato com ele por quatro anos até conseguir uma confissão. Nos emails trocados, Karr usava palavras e expressões parecidas com a carta encontrada na escada dos Ramsey e chegou a admitir que foi apaixonado por JonBenét. Porém, a confissão dele foi questionada por não haver evidências de que ele esteve na cena do crime e muito menos na cidade em que o crime aconteceu. Por conta disso, até hoje, o assassinato da menina JonBenét continua sem solução.

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7. O caso Carlinhos.

Reprodução/O Globo

Um caso de sequestro que intriga o Brasil há mais de 40 anos. Tudo aconteceu no Rio de Janeiro em 1973, enquanto Carlinhos, seus irmãos e sua mãe estavam em casa assistindo televisão. Como numa cena de filme, a luz da casa foi desligada e um homem armado usando um capuz trancou todos num cômodo e levou Carlinhos. Numa carta, ele pedia 100 mil cruzeiros pelo resgate do menino, algo inédito no Brasil naquela época.

A comoção popular foi enorme, os bancos abriram contas correntes para receber doações para o pagamento do resgate, mas o sequestrador jamais apareceu, e nem Carlinhos. A polícia acabou se voltando para João Costa, o pai de Carlinhos, pois a intimidade do sequestrador com a casa, mesmo no escuro, levantou dúvidas. Só que as investigações jamais chegaram a lugar algum.

Somente em 1977, um detetive particular concluiu que João Costa teria forjado o sequestro de Carlinhos para salvar seus negócios da falência. O caso foi reaberto e análises no bilhete deixado pelo sequestrador apontaram que ele havia sido escrito por um homem chamado Silvio Pereira, funcionário de João. Além disso, Vera Lúcia, a irmã mais velha de Carlinhos, revelou que teria reconhecido Silvio no dia do sequestro, mas que seu pai a teria convencido a não revelar o detalhe à polícia. O funcionário chegou a ser condenado a 13 anos de prisão, mas assim como João, seu envolvimento no crime jamais foi comprovado pela polícia.

Carlinhos jamais foi encontrado.

8. Elizabeth Short - a Dália Negra.

Archive Photos / Getty Images

Elizabeth era uma aspirante a atriz em Hollywood em 1947, quando seu corpo foi encontrado num terreno abandonado. Não havia sangue no local, indicando que Elizabeth teria sido levada até lá já sem vida e seu rosto tinha um terrível "sorriso" depois que sua boca foi cortada até na direção das orelhas.

O codinome Dália Negra só foi atribuído a ela depois que uma carta anônima foi entregue ao jornal "The Examiner". Junto com a carta, foram enviados itens pessoais de Elizabeth como documentos, fotos e uma agenda.

A partir daí, diversas pessoas enviaram cartas à imprensa dizendo serem os assassinos da Dália Negra, mas ninguém foi preso. Anos depois, um suspeito chamado George Hodel foi apontado pelo próprio filho. George era um estudante de medicina que tinha um laboratório escondido dentro de sua casa em Los Angeles e poderia ser responsável pelos cortes cirúrgicos feitos no rosto de Elizabeth. Seu filho afirmou que encontrou uma foto da atriz nos pertences do pai e que a caligrafia dele batia com a das cartas enviadas pelo assassino.

Até 2012, o filho de George Hodel continuava investigando o envolvimento do pai no crime, mas a polícia nunca coletou provas suficientes para reabrir o caso, que foi encerrado como "sem solução".

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9. O sumiço do escoteiro Marco Aurélio.

http://Reprodução/megacurioso.com.br

O ano era 1985. Marco Aurélio Simon, de 15 anos, estava com três amigos e o líder dos escoteiros quando desapareceu no Pico dos Marins, São Paulo. Tudo começou quando um dos garotos se machucou no joelho e Marco Aurélio decidiu ir na frente abrindo o caminho de volta ao acampamento.

O garoto deixou um código nas pedras, o número 240, que identificava o Grupo de Escoteiros Olivetanos. Mas em algum momento o número simplesmente desaparecia da trilha. Perdido, o grupo só conseguiu voltar ao acampamento na madrugada seguinte e nunca mais encontrou Marco Aurélio. Juan, o líder, foi acusado de negligência com a segurança dos garotos e também investigado como o principal suspeito de matar e ocultar o corpo de Marco Aurélio. Mas nunca foram encontradas provas que o liguem ao desaparecimento.

Depois de especulações envolvendo ovnis, centenas de equipes de busca e até leituras de profissionais mediúnicos, o caso nunca foi solucionado e a família ainda acredita que Marco Aurélio esteja vivo.

10. A chacina da família Pesseghini.

Reprodução/Facebook / Via istoe.com.br

Em 2013, o assassinato da família Pesseghini chocou o país inteiro, especialmente após a conclusão da investigação policial: Marcelinho, de apenas 13 anos, teria matado o pai e a mãe, ambos policiais militares, a avó materna e a tia-avó. Depois disso, ele teria dirigido o carro da mãe, passado o dia na escola e voltado para casa, onde se suicidou com um tiro na cabeça.

Cinco anos depois, a família luta para reabrir o caso devido a inconsistências e novas provas encontradas. Eles alegam que as imagens das câmeras de segurança podem ter sido manipuladas para incriminar a criança. Além disso, a altura de Marcelinho seria incompatível com os exames de balística apresentados. À época do crime, a mãe de Marcelinho pretendia revelar a seus superiores na Polícia Militar a descoberta de um esquema de corrupção envolvendo policiais militares.

Já a polícia continua considerando o caso como resolvido e informou ter depoimentos e laudos de balística que comprovam que o garoto matou a família e se suicidou.

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