12 coisas que você talvez não saiba sobre urnas eletrônicas

Toda urna emite mais de um comprovante após a votação e eles ficam disponíveis para conferência dos eleitores.

1. A urna eletrônica que utilizamos em nossas eleições foi criada no Brasil.

Essa entrevista dada pelo secretário de Tecnologia de Informação e Comunicação do TRE-DF, Ricardo Negrão, ao G1, explica mais sobre.

2. A primeira vez que a urna eletrônica foi utilizada no Brasil foi em 1996.

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E ela é utilizada em todo o território nacional desde o ano 2000.

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3. O teclado da urna eletrônica foi criado para ser idêntico ao de um telefone.

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Quando a urna foi criada, a ideia é que fosse um aparelho de fácil utilização por qualquer pessoa e por isso a ideia de ter um teclado amistoso que parecesse um telefone convencional.

4. As maior parte das urnas foram fabricadas em Santa Rita do Sapucaí (MG), pela empresa Diebold.

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No mesmo lugar são feitos caixas eletrônicos e aparelhos para a área da saúde. Para as eleições de 2022 o TSE confirmou a empresa Positivo para compra de até 180 mil novas urnas.

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5. Em caso de falta de energia elétrica, as urnas têm uma bateria cuja autonomia é de até 12 horas.

A bateria é de chumbo ácido. Juntando a carcaça, mais todo o hardware e a bateria, cada urna pesa cerca de oito quilos.

6. Ela tem como sistema operacional o Linux.

Antes de 2006, elas utilizavam sistema operacional Windows, da Microsoft. Os dados dos candidatos e dos eleitores de cada urna são instalados em CADA URNA dias antes das eleições, cada eleitor tem uma urna específica para poder votar.

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7. Nas eleições municipais de 2020 serão usadas cerca de meio milhão de urnas eletrônicas em 5.570 cidades no País.

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De acordo com o TSE, as urnas eletrônicas já foram testadas, lacradas e estão sendo distribuídas no território nacional.

8. Não há registros de casos de fraude na história do sistema de urnas eletrônicas.

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Os dados são gravados na urna em três dispositivos diferentes: dois módulos de memória ligados ao circuito interno e uma espécie de pendrive, que permanece lacrado durante o dia da votação e só é removido para a apuração. Além disso, há várias formas de criptografar e proteger as informações geradas pelos votos.

O processo é acompanhado por representantes dos partidos e coligações durante o período eleitoral. Quando um candidato se sente prejudicado pelo sistema, ele pode pedir auditoria dos votos, o que foi feito pelo Aécio Neves em 2014.

Mesmo que em 2020 as urnas eletrônicas sejam um dos principais alvos de desinformação na internet, mas não existe nenhum caso de fraude na história do sistema.

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9. A transmissão dos dados da urna eletrônica não é feito pela internet.

Assim que termina a votação, uma espécie de pendrive é extraído da urna e ele é lido por um servidor que transmite os dados de cada urna para apuração. Tudo isso utilizando uma rede interna que não é conectada à internet. Em caso de alguma alteração no "pendrive" da urna, o sistema reconhece que houve alguma alteração e só registra dos dados que são considerados validados pela urna conforme explicado aqui. A urna também não possui nenhum sistema sem fio como bluetooth ou wi-fi.

10. O armazenamento dos dados é feito por um HD externo que pode chegar até 512mb de capacidade de armazenamento.

Reprodução / Via tre-sc.jus.br

Além desses flash cards, outras mídias também fazem a gravação dos resultados de cada urna. Até as eleições de 2010 utilizavam-se para esse fim disquetes de 5¼".

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11. Toda urna emite mais de um comprovante após a votação e eles ficam disponíveis para conferência dos eleitores.

É o chamado "boletim de urna", um comprovante impresso que sai em algumas cópias (além da original que vai para o TRE) para conferência própria. O resultado da seção também é fixado no local de votação e permite a qualquer pessoa consultar seu voto na seção de votação. Além disso, todo/a eleitor/a deve obrigatoriamente receber e guardar o comprovante de que compareceu à sessão eleitoral. Esse comprovante é necessário quando você vai, por exemplo, emitir passaporte.

12. Em todo ano eleitoral são feitos novos testes de segurança no sistema das urnas. Alguns contam com a presença de hackers.

Divulgação / Via tse.jus.br

O TSE convoca equipes de profissionais da área da tecnologia para avaliar vários aspectos de segurança das urnas. Esses profissionais tentaram quebrar os mecanismos de segurança. Isso serve para testar a segurança dos dispositivos e em caso de encontrar falhas, conseguir ajustá-las a cada nova versão da urna eletrônica. Por exemplo, em um teste feito em 2017 teve um hacker que conseguiu invadir uma urna, mas não a ponto de conseguir alterar dados, apenas observar.

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