10 coisas que pessoas LGBTI+ podem fazer pela própria saúde mental

Segundo as próprias pessoas LGBTI+.

Perguntamos no grupo do Buzzfeed Brasil o que as pessoas LGBTI+ faziam pela sua saúde mental. Aqui está a seleção de algumas dessas dicas.

Alguns itens foram editados por motivos de clareza.

1. Procurar grupos e projetos que acolhem pessoas LGBTI+.

"Em Curitiba temos o Grupo Dignidade. Eles possuem plantão psicológico para o público LGBTI+, além de diversos projetos incríveis. Vale muito a pena conhecer! Além disso, o Toni Reis (que é o diretor do Dignidade e um dos maiores ativistas da América Latina) fundou a Aliança Nacional LGBTI+, que atua com diversos projetos no Brasil inteiro." — Giovanna Dal Santo

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2. Desligar-se um pouco das redes sociais.

"Sair das redes sociais, fazer rodízios de redes. Desinstalar os aplicativos do celular por um mês e ir voltando aos poucos." — Vinícius Pereira

"Em momentos de pico de crise de ansiedade eu caminho até o final da rua ou vou ao mercado comprar algo. Experimento fazer alguma coisa para me acalmar em vez de ficar nas redes sociais, por exemplo." — Elissama Medeiros

3. Não esperar feedback positivo dos outros sobre a sua sexualidade.

"Perceber (e é um processo difícil) que você não deve explicações a ninguém. Nem a sua mãe, nem a uma religião, nem a NINGUÉM. Principalmente quando a gente está se descobrindo, é normal sentir que precisa da aprovação de todo mundo. Anos depois, você só consegue pensar: 'Cara, por que eu fiquei me assumindo pra todo mundo e esperando um feedback positivo?'" — Luiz Felipe Farias

"Evitar pessoas, principalmente dentro do movimento, que falam que bissexuais são indecisos" — Carol Czyz

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4. Entender o que funciona para você no enfrentamento de problemas.

"Para mim é buscar ter várias visões diferentes diante do problema enfrentado. Eu procuro ficar sozinho e conversar comigo mesmo. Imagino diferentes análises a partir de outros olhares para a mesma dificuldade. Mas é pra falar mesmo, colocar pra fora, vale até discutir consigo mesmo, é ótimo!" — Juan Carlos

"Utilizo muito a técnica Ho'oponopono pra amenizar minhas crises de ansiedade. Venho apreciando cada vez mais os resultados." — Bia Facchini

"Eu li o livro 'Como curar a sua vida' da Louise Hay, me ajudou muito! Também assisto filmes sobre superação ou documentários. Sou trans." — Nathalia Ferrari

5. Criar redes de apoio e saber em quem e onde elas estão.

"Entrar em comunidades e grupos de apoio ajuda muito. [quando] Se cria uma rede de apoio, mesmo que virtual, dá pra ver que não estamos sós." — Renata Auler

"Pra mim, como bissexual, fazer parte de grupos com pessoas iguais a mim para debater, conversar e saber que não estou sozinha. Ir nas paradas e eventos LGBTI+ me fortalece demais, é ótimo estar em um lugar rodeada de pessoas que estão na luta comigo." — Sabrina Oliveira

"Rede de apoio e exercícios. Ser voluntário em causa LGBTI+ também ajuda bastante" — Lory Santos

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6. Saber tirar um tempo para si.

"Eu costumo me isolar em casa, mas só pra me dar atenção e fazer o que eu gosto. Ver o que quero na TV, comer bobagens, tomar um banho demorado. Eu cuido de mim!" — Fábio Santana

"Criar uma rotina de pequenos exercícios semanais. Passar a usar argila duas vezes por semana (além da minha pele melhorar, tenho me sentido melhor)." —Elissama Medeiros

"Ache um hobby que te acalme. Eu medito e me maquio. Quando tenho crises pego meus pincéis e crio minhas obras no meu rosto. Pode estar fora do padrão 'blogueirinha', mas me acalma na hora." — Bru Sanches

7. Respeitar o seu tempo.

"Para os trans, principalmente no início da transição: respeite seu tempo. Pense que você é único(a) e vai chegar lá, então não se compare com ninguém e corrija parentes sem noção na cara dura mesmo! Não tenha medo de se impor." — Thomas Marques

"Não se apresse e nem se permita sofrer qualquer tipo de pressão pra se assumir ou 'sair do armário'. Você conhece a sua dinâmica familiar, acadêmica e social e como isso te influencia. Não sinta vergonha e procure ajuda especializada se suas incertezas sobre você começarem a te incomodar." — Raphaella Melo

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8. Meditar!

"Eu faço meditação. Acalmar a mente e sentir e aproveitar nossa própria presença é transformador." — Elias Trizotti de Mattos

"Meditação ajuda muito a lidar com a cabeça a mil! Claro, isso sempre combinado à terapia, né? Mas a gente sabe que nem só de momentos de terapia que se vive a vida." — Liliane Stallivieri

9. Afastar-se de pessoas que ameaçam sua saúde mental.

"Deixar por perto pessoas que fazem você se sentir normal perto delas e se afastar daquelas que você precisa pisar em ovos para falar." — Jessica McCloskey

"Se afastar de pessoas tóxicas e isso inclui família. Às vezes é necessário deixar o sangue de lado." — João Emanuel Filiaci

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10. Não desistir de si mesmo.

"Se amar antes de tudo e saber que você não está sozinho e nunca vai estar. Eu passei muito tempo falando que era não-binário por medo de me assumir como menino trans, e vou começar a tomar 'T' em 1 mês no máximo (psicóloga e endócrino acompanhando). Nunca desista, você é forte e merece toda felicidade do mundo!" — Nicolas Chong

Lembre: você sempre pode pedir ajuda, seja para amigos, para familiares, para especialistas, no posto de saúde, no pronto socorro ou no Centro de Valorização da Vida, ligando gratuitamente a qualquer dia ou hora para o 188.

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Esta é a Semana do Orgulho LGBTI+ no BuzzFeed Brasil. Para mais conteúdos que celebram o respeito à diversidade, acesse aqui.

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