"Miss Americana" mostra Taylor Swift nos anos mais transformadores de sua carreira
No documentário da Taylor Swift na Netflix, vemos a transformação de uma superestrela em tempo real.
Qualquer fã saberá que esses anos foram extremamente transformadores para Taylor. O filme começa em 2018, quando ela estava viajando pelo mundo em sua turnê "Reputation Stadium Tour", e nos leva até sua apresentação de Artista da Década no AMA do ano passado.
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Está bem documentado que o lançamento de "Reputation" em 2017 marcou o fim da ausência evidente de Taylor do mundo da indústria do entretenimento e o começo de um novo modo de vidapara uma artista que tem atraído a atenção do público desde os 16 anos.
"Eu me tornei a pessoa que todos queriam que eu fosse", diz Taylor no trailer de "Miss Americana". "Ninguém me viu fisicamente por um ano. E foi isso que pensei que eles queriam."
Em "Miss Americana", essa transformação ocorre em tempo real. Vemos Taylor passar de uma jovem garota — cuja personalidade pública é exatamente o que ela pensa que as pessoas querem que seja — para uma mulher de vinte e poucos anos que está pronta e lutando para se defender, se manifestar e talvez até perturbar a paz.
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Embora o documentário mencione as rixas infames de Taylor, isso é apenas para representar o que foi um momento extremamente crucial para sua carreira, sua reputação e seu relacionamento com o público.
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Em 2016, o drama de sete anos de Taylor com Kanye West veio à tona quando a esposa dele, Kim Kardashian, divulgou um vídeo de uma ligação telefônica que mostrava Taylor dando permissão a Kanye para usar o nome dela em sua música "Famous". No entanto, Taylor sustenta que, embora Kanye tenha lhe contado sobre o primeiro verso — "I feel like me and Taylor might still have sex" —, ela não foi consultada sobre o verso seguinte, que a chamava de "essa vadia" e dizia que ele "a tornou famosa".
O incidente resultou na hashtag #TaylorSwiftIsOverParty como um dos principais assuntos no Twitter e foi o catalisador do desaparecimento de Taylor dos holofotes.
Em uma entrevista para a câmera, Taylor reflete sobre o incidente, admitindo que na época ela achava que nunca seria capaz de "se recuperar" disso.
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"Quando as pessoas concluíram que eu era perversa e má, conivente e que não uma boa pessoa, essa era uma coisa da qual eu não podia me recuperar, porque toda a minha vida estava centrada nisso. A razão pela qual essa reação magoou tanto era porque isso costumava ser tudo o que eu tinha", diz ela.
Esse momento só foi acelerado em 2017, depois que Taylor ganhou uma ação contra o homem que a assediou sexualmente em um encontro com o fã quatro anos antes.
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Em 2013, o DJ de rádio David Mueller foi demitido de seu emprego depois que Taylor o acusou de agarrar inapropriadamente debaixo de sua saia durante uma oportunidade de foto nos bastidores. Ele entrou com uma ação contra ela em 2015, negando o assédio e reivindicando até US$ 3 milhões em danos. Ele perdeu o caso, e ela contraprocessou por um único dólar para servir de exemplo para as mulheres "que podem resistir publicamente a reviver atos ultrajantes e humilhantes semelhantes".
O filme pontua a discussão do julgamento com clipes de notícias anunciando que Marsha Blackburn — a senadora do Tennessee que Taylor denunciou publicamente em outubro de 2018 — estava à frente do candidato democrata Phil Bredesen nas pesquisas antecedendo as eleições de meio de mandato.
É aqui que vemos Taylor começar a revidar — contra sua equipe, que a aconselha a permanecer em silêncio sobre o assunto, e contra sua personalidade passada de "boa menina" que "não faz as pessoas se sentirem desconfortáveis com suas opiniões".
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"Minha equipe não está muito feliz comigo agora."
A cena seguinte mostra Taylor e sua publicitária logo antes de ela publicar a postagem, discutindo tudo aquilo para o que elas precisam estar preparadas.
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"- Um: o presidente pode vir te procurar.
- Foda-se, eu não ligo."
Para uma pessoa normal, uma postagem no Instagram apoiando um certo candidato durante uma eleição de meio de mandato não seria uma grande questão — mas, novamente, Taylor Swift não é uma pessoa normal.
Na época, Taylor tinha 112 milhões de seguidores no Instagram, e a postagem causou um enorme aumento no registro de eleitores, mas isso poderia facilmente ter saído pela culatra. Na discussão anterior à publicação da postagem, um membro da equipe de Taylor sugeriu que isso "reduziria pela metade o número de pessoas na sua próxima turnê". Seu pai, Scott, disse que a perspectiva de ela se manifestar o deixou preocupado com a segurança dela.
Mas "Miss Americana" deixa bem claro que Taylor Swift não se importa mais com sua personalidade de "boa menina" se isso significa que ela não pode lutar pelo que é importante para ela.
"As pessoas dizem que as celebridades ficam indiferentes ao se tornarem famosas", diz Taylor à câmera na conclusão do filme. "Eu tinha muito o que amadurecer até chegar aos 29 anos."
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É fácil criticá-la (e muitas pessoas fizeram isso) por não se manifestar mais cedo, ou apenas por beneficiar sua reputação e sua carreira. Mas em "Miss Americana", a Taylor Swift que vemos não é apenas uma "superestrela" — ela é apresentada como o ser humano complexo e emotivo que seus fãs mais dedicados sempre souberam que ela era.
Parece que o documentário marca o fim de uma era para Taylor e o começo de algo novo. Porém, uma coisa é certa: ela sempre será a artista "com uma escrita crítica, uma pele fina e um coração aberto".
Você já pode assistir "Miss Americana" na Netflix!
Este post foi traduzido do inglês.